domingo, 20 de janeiro de 2013

13ª Corrida do Fogo – Prova Voluntária



13ª Corrida do Fogo – Prova Voluntária

Local: Trindade - GO
Dia do Evento: 20/01/2013
Largada / Chegada: Setor Maisa 1 - Igreja Manancial em Células
Site oficial: www.sistime.com.br
Valor da Inscrição: Gratuita até 150 atletas- 2 Kg de alimento entregues no dia do evento.
Cronometragem: Sistime
Premiação: Não se aplica

                A corrida do Fogo, realizada neste dia 20/01/2013 na cidade de Trindade-GO, praticamente inaugurou o calendário goiano de corrida de rua desse ano. Uma prova onde os mais criticados são os próprios atletas que se inscrevem em uma prova gratuita, mas, não comparecem, tirando a oportunidade de outros participarem. Apesar disso, não faltaram exemplos de voluntariado e de boa vontade.


Imagem 1. Atletas do Grupo Giramundo

                Talvez muitos não saibam, mas, a competição já está em sua 13ª edição. Diferentemente de outras provas, isso demonstra que, apesar das dificuldades inerentes à realização de uma corrida voluntária, ela tem fôlego para muito mais. Sim, ela veio para ficar.
                Ao contrário de outros eventos, essa corrida foi gratuita ou quase, pois cada atleta inscrito contribuiu com a doação de 2 kg de alimento não perecível. Entretanto, essa é uma prova voluntária. Entendemos como voluntária o fato de todos os que atuam na organização, o fazem de maneira voluntária, isso é, não visam auferir lucros com a realização do evento. Nesse ponto, a Sistime vem exercendo um papel muito importante ao apoiar as edições anteriores. Entretanto, em 2013, o envolvimento da Sports e Tracks foi fundamental para dar um brilho ainda maior ao evento.  
                A prova, desde a sua origem é organizada por um jovem atleta PNE, o Wellington, morador desta cidade. Com o apoio de seu pai e de sua tia e também madrinha, ambos corredores, “batem” literalmente em diversas portas para conseguir os recursos mínimos necessários para realizar o evento.
                Ao seu modo, eles angariaram o suporte de alguns patrocinadores, da Prefeitura Municipal, da Polícia Militar, que esteve ausente nesse ano, dos Bombeiros e os apoios voluntários da Sistime, que cedeu o espaço em seu site para a inscrição dos atletas, além de fornecer o sistema de cronometragem (chips) e os números de peito. A Sport e Tracks por outro lado, forneceu medalhas, troféus e kits de premiação. Enfim, quase tudo o que uma prova de rua necessita.


Imagem 2. Troféus e kits de premiação do evento.

                A corrida foi bem divulgada, tanto no site da Sistime, quanto pelas redes sociais. O próprio Wellington também se prontificou em fazer um “corpo-a-corpo” para convidar verbalmente outros corredores. Esse envolvimento acabou atraindo os atletas de Trindade, Goiânia, Anápolis e do Distrito Federal. Foi um sucesso.
                Infelizmente, nada que é oferecido gratuitamente é valorizado por quem o recebe. Uma semana antes do evento atingiu-se o limite de 147 atletas inscritos. Quem deixou para última hora, acabou ficando de fora. Presenciei alguns atletas que desejariam estar ali naquele domingo, mas não conseguiram. Isso por que, dos 147 atletas inscritos, apenas a metade compareceu. O que falar disso? Chamo de um gesto de irresponsabilidade do atleta inscrito, salvo raras exceções.
                O que estamos relatando aqui está muito próximo de se repetir durante a Corrida de Reis a ser realizada em Brasília. Em pouco mais de 24 horas foram preenchidas 8 mil vagas. O detalhe é que as inscrições são gratuitas. Posteriormente, em menos de 2 horas encerrou-se 2000 inscrições. Muitos atletas queriam se inscrever, ou até mesmo entrar em uma lista de espera, mas não conseguiram, como foi o meu caso. Será que todos comparecerão? Esperamos para ver.
                De qualquer forma, a 13a Corrida do Fogo, com a sua simplicidade, foi um grande sucesso. Essa é a terceira edição da qual participo. Observo que a cada ano ele cresce tanto em número de participantes, quanto em organização. Poderia ter sido melhor, se todos os inscritos tivessem comparecido.
                Felizmente, quem compareceu aproveitou para iniciar a temporada de corrida, rever os amigos, estabelecer uma nova marca e, até mesmo, conquistar um troféu e subir no pódio. Sim, apesar de não haver premiação em dinheiro, houve o reconhecimento tanto no masculino quanto no feminino em três categorias: atletas trindadenses, militares e convidados, a grande maioria. Os convidados ainda foram reconhecidos pela faixa etária, no intervalo de 10 anos.


Imagem 3. Ao lado dos companheiros Donizette, Advaldo, Fernanda e Fernando.

                Com relação à prova, nesse ano houve uma modificação na distância percorrida, deixando de ser uma corrida de 8 para 6 km. A largada também mudou do “Bar do Negão” para ser realizada de frente a “Igreja Manancial em Células”, que ofereceu um recurso muito importante como os banheiros da instituição. Um “viva” para o Pastor que tornou isso possível. O percurso, como era de se esperar pela altimetria da região, continuou exigindo bastante dos atletas. Houve um ponto de hidratação, com água distribuída por staffs voluntários e oferecida em saquinhos plásticos.
                Por ser uma prova realizada com muita dificuldade e com as características citadas acima, seria inapropriado oferecer críticas quanto a aferição e segurança dos atletas no percurso. Entretanto, por ser um evento que melhora em qualidade a cada ano que passa, é nosso dever oferecer sugestões.
                A primeira e mais importante delas é o de fornecer mais detalhes quanto ao local da largada para facilitar o acesso de atletas que não conhecem a região, como é o caso da grande maioria dos inscritos. A prova ocorre em um bairro da periferia não muito freqüentado pela população em geral. Eu mesmo tive dificuldades em encontrar o local. Na primeira edição fui parar no centro de Trindade. Nessa corrida, foram vários os relatos de atletas que se perderam e foram parar em outros locais, distantes da prova. Houve quem viu as setas marcadas no asfalto e seguiram o percurso demarcado para conseguirem chegar até o local de largada. É uma sugestão simples, mas muito fácil de ser atendida. Basta oferecer mais informações como o nome da rua, número e CEP, o que seria suficiente para se inserir em um dispositivo do tipo GPS.
                Outro detalhe, que poderia ser melhorado, seria o de deixar voluntários em pontos críticos do percurso para evitar que os atletas, especialmente os mais lentos, errem o caminho. Outra sugestão, para uma prova de 6 km, seria o de oferecer dois pontos de hidratação. Isso pode ser considerado um luxo, mas reclamações, em função do forte calor desta manhã de domingo.
                Particularmente, foi uma honra participar deste evento. Na corrida construímos grandes amizades. Há muita camaradagem. Compartilhar esses momentos não tem preço! Parabéns a todos os apoiadores e voluntários que tornaram possível a realização desse evento. Parabéns também a todos os atletas que acreditaram e compareceram.


Imagem 4. Ateltas aguardam a cerimônia de premiação.

                Para terminar, deixo aqui um link para curtirem um trecho de 2 minutos do filme “Field of Dreams (1989)”, estrelado por Kevin Costner. Nesse filme, ele transforma uma área em uma fazenda, destinada à plantação de milho, em um campo de baseball, acreditando numa voz interior que lhe dizia: “If You Build It, He Will Come”.
                 É isso. Se você o fizer, eles virão.


Vídeo: " Field of Dream s" - If you build it, he will come!

                http://www.youtube.com/watch?v=5Ay5GqJwHF8

                Um grande abraço e boas corridas!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Começando o ano com o Pé Direito



Começando o ano com o Pé Direito

                Por mais que se repita o treino, cada dia será diferente!


                Em 04 de janeiro de 2013, ainda durante as férias, realizei o primeiro treino de corrida do ano. Depois de alguns dias totalmente parado, a escolha não poderia ter sido melhor. A cidade escolhida para fazer este treino foi Campos do Jordão-SP, ponto de encontro de atletas de elite, quando se preparam para as grandes competições.
                A cidade reúne alguns quesitos que a tornam especial para a melhora no desempenho dos atletas, pois, além da altitude, acima de 1.600 metros do nível do mar, ainda proporciona tranqüilidade, ar puro e um clima muito agradável. Sem sombra de dúvidas, é o prenúncio de que esse será um ano especial, pois, conforme verão, comecei com o “pé direito”, apesar de algumas dificuldades.
                Uma delas foi o de ter assumido o risco de enfrentar recentemente o Desafio dos 100 km, entre os dias 25 a 31 de dezembro, o que me custou a unha do dedão do pé direito, que compromete meu desempenho na corrida até o presente momento. Outra foi o cansaço, ocasionado pela mudança de rotina e os deslocamentos de viagem, durante as férias com a família.
                Na tarde do dia 04, depois de ficar de “molho” em pousadas e hotéis por dois dias consecutivos de chuva intensa, fazendo paradas estratégicas no litoral sul do Rio de Janeiro (Paraty e Angra dos Reis) e depois, Ubatuba, decidi seguir viagem até Campos do Jordão.
                Apesar do curto trajeto, foi uma viagem tensa e estressante. Realizar a impressionante subida da Serra do Mar, entre as cidades de Ubatuba e Taubaté, debaixo de chuva torrencial, não foi nada fácil. Para completar, a chuva não deu tréguas, mesmo quando subimos a Serra da Mantiqueira e dificultando ainda mais a nossa viagem.
                No meio do caminho, após uma rápida estiagem, tivemos oportunidade de conhecer São Luis do Paraitinga, uma cidade histórica que está passando por uma reconstrução em seus prédios coloniais, como os casarões e igrejas, em função dos danos sofridos em 2010 pela enchente do rio que corta a cidade.
                Nossa chegada em Campos do Jordão também foi tensa. Com a chuva, presenciamos vários acidentes na estrada. Apesar da dificuldade e do cansaço, conseguimos chegar ao final da tarde e nos instalar em uma pousada local. Descobri que havia naquela cidade uma ciclovia ao longo de uma antiga estrada de ferro. Era a ocasião certa para ficar quieto: cansado, estressado, cidade tranqüila e calma, clima agradável, etc. Entretanto, negociei com minha família e reuni forças para fazer uma corrida leve, tendo como objetivo descarregar um pouco do cansaço.
                A cidade estava toda molhada e ainda, chuviscava. Enquanto me aquecia, verifiquei bem atrás de um “Posto Ipiranga”, uma pista de atletismo. Avistei alguns atletas treinando. Após conversar com alguns deles, confirmei que poderia fazer o meu treino por lá, sem ter que ir à ciclovia, que possuía uma superfície bem irregular.
                Entrei na pista na mesma direção em que estava um grupo de 06 atletas locais. Era uma pista de atletismo municipal, simples, feita de saibro e que passava por reforma. Em alguns pontos, se via restos de construção, buracos e lama, pelos quais tínhamos que desviar. Entrei no circuito, junto com os outros atletas com o objetivo de “rodar” de 8 a 10.000 metros apenas. Ao final, vocês entenderão o porquê, sem perceber, eu acabei fazendo 10.000. 


Imagem 1. Pista de Altetismo Municipal em Campos do Jordão-SP.

Imagem 2. Pista de Altetismo Municipal em Campos do Jordão-SP.

Imagem 3. Pista de Altetismo Municipal em Campos do Jordão-SP.

Imagem 4. Pista de Altetismo Municipal em Campos do Jordão-SP.

                Na pista, à medida que me aquecia, consegui imprimir um ritmo mais rápido. Coloquei algumas voltas nos demais, que pareciam apenas trotar. Após ter corrido cerca de 3 a 4.000 metros, percebi que um jovem casal havia acabado de chegar e entraram na pista para treinar.
                Eles optaram por correr no sentido contrário ao nosso. O atleta se protegia com um capuz de um agasalho do tipo “corta-vento”.  Ao cruzarmos pela primeira vez fui saudado por ele. Pelas passadas, percebi que não eram atletas comuns.
                Apesar de corrermos em direções opostas, estávamos num ritmo parecido. Encontrávamos sempre na mesma cabeceira. Após ter se aquecido, ele tirou o capuz. Sua fisionomia não me era estranha! Logo sua esposa saiu da pista para fazer exercícios educativos. Procurei manter o mesmo ritmo e continuamos nos encontrando na mesma cabeceira, no mesmo ritmo.
                Somente após algumas voltas foi que pude perceber que, aquele atleta diferenciado era simplesmente um dos melhores corredores brasileiros de fundo: o maratonista Marilson Gomes dos Santos. É interessante ver como ele corre fácil. Uma biomecânica perfeita. Passamos um pelo outro, várias outras vezes.
                Os demais atletas, ao finalizarem seus treinos, foram se retirando. Nós ainda continuamos no mesmo ritmo. Apesar da pista permitir a manutenção de um ritmo mais forte, percebi que já estava chegando ao meu limite. Ele, apenas trotando, com uma passada métrica. Não resisti e acabei “mexendo” com ele. Disse: - Isso porque você está apenas trotando!
                Não houve resposta. Continuamos correndo. Mais algumas voltas, alcancei meu objetivo dos 10.000 metros. Desliguei meu cronômetro. Saí da pista e ainda continuei a observar sua biomecânica por mais algumas voltas. Um dos atletas locais confirmou que aquele jovem casal, além de outros atletas ilustres, costuma aparecer por lá com certa freqüência.
                Revendo algumas matérias sobre corridas, descobri que alguns atletas costumam passar uma temporada em cidades com elevada altitude, como forma de melhorar o desempenho no esporte. O próprio Marilson já havia feito isso em Campos do Jordão, pelas características da cidade apontadas no início desse texto, na ocasião em que se preparava para a Maratona de Nova York, da qual é bi-campeão.
                Este foi meu primeiro treino de 2013. Ficará marcado para sempre. Na pista, pude confirmar que o treino é muito diferente, apesar da situação precária que a mesma se encontrava naquele dia. Mesmo com as adversidades, que incluiu o cansaço, a unha comprometida, o estresse, os buracos, a chuva e a lama, concluí os 10.000 metros em 41min56seg. Uma marca parecida com as alcançadas em dia de prova.

Imagem 5. Resumo do treino.

                Finalizei o treinamento energizado e consciente de que 2013 têm tudo para ser mesmo um grande ano. Deixei o nosso atleta finalizar o seu treino tranquilamente. Ao ir embora, ainda cruzei com ele mais uma vez e pude desejar um ótimo ano de corridas e muito sucesso!
                Sem sombra de dúvidas, guardarei em minha memória de corredor esta tarde mágica, em que pude treinar ao lado de um dos melhores atletas brasileiros no mundo da corrida de longa distância.
                A ele nossa admiração e que, de fato, possa ter um excelente 2013!
                Boas Corridas!


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Desafio dos 100 km



Loucuras de Corredor

            Hoje se reconhece que a prática da corrida proporciona diversos benefícios para a saúde: faz perder peso, diminuindo as medidas corporais, melhora o sistema cardiorrespiratório, a circulação sanguínea, favorece uma boa noite de sono, melhora a postura e a aparência física, desacelera o processo de envelhecimento, retarda o aparecimento de doenças degenerativas, aumenta o fôlego, a flexibilidade e a força muscular, melhora a disposição sexual, melhora a concentração e disposição para o trabalho, ajuda a construir boas amizades, o que, em síntese, nos faz sentir mais felizes.
        Nossa sociedade está se tornando cada vez mais consciente dos benefícios físicos e mentais proporcionados pelos exercícios físicos. Por meio da corrida, formamos uma tribo que compartilha idéias, moda, hábitos e um estilo de vida mais saudável.
            Contraditoriamente, a corrida também pode exercer outros efeitos sobre a vida das pessoas, pois ao mesmo tempo em que ela liberta seus praticantes do sedentarismo, ela também vicia e, pode, em determinados momentos deixá-los “loucos”. O fato é que, na vida como na corrida, tudo o que é feito com exageros pode atrapalhar.
           Como um vício, um dos efeitos que a corrida pode produzir em seus “adeptos” é o melhor sentimento de alegria, bem-estar e liberação de tensão que ninguém pode imaginar, o que faz com que se deseje repeti-la novamente.
            A maioria dos corredores consegue controlar esse sentimento facilmente, mas não é raro casos de atletas terem que se superar para passar por cima de lesões, do cansaço físico e psíquico, de problemas com familiares ou com amigos, mau desempenho no trabalho e, em situações mais extremas, até mesmo problemas de saúde ocasionado pelo exagero.
            Esse foi o sentimento que esteve por trás do “Desafio dos 100 km”.  Um desafio que começou há três anos como uma brincadeira entre um grupo de corredores, mas que hoje conseguiu envolver e reunir “virtualmente” mais de 80 desses corredores “loucos”.
            O mais interessante foi que, independente de alcançar ou não a marca proposta, todos estavam ali para se auto-desafiar.  Para muitos, 50 km semanais já seria mais do que suficiente. Para outros, alcançar 200 km semanais também seria muito fácil.
            A idéia era que, não importaria onde o atleta estivesse. O importante seria chegar ou até ultrapassar a marca dos 100 km. Para tanto, seriam somadas as distâncias percorridas na última semana do ano, entre os dias 25/12 ao dia 31/12. Para que fosse válido o corredor deveria, ao final de todo o treino, fotografar o seu GPS ou a marcação da esteira em que treinou e, postar ou compartilhar com outros corredores para que pudessem acompanhar as distâncias percorridas.
            Mesmo achando uma “irresponsabilidade” de minha parte, pois o mais prudente e recomendado seria aproveitar o período de férias para descansar o corpo, duramente castigado pelos treinamentos e provas de 2012, resolvi aceitar o desafio proposto.    
            O período alvo para cumprir o desafio coincidiu justamente com o período em que se recomenda para a maioria dos atletas uma redução na carga de treinamento. Além do mais, o período também coincidiu com as festividades de final de ano, o que aumentou ainda mais o nível de dificuldade do mesmo.
            Para um atleta de alto desempenho, alcançar a meta de 100 km semanais já faz parte de sua rotina. Alguns correm muito mais do que isso. Entretanto, para a maioria dos “desafiados” e pobres mortais, acostumados a correrem de 40 a 60 km semanais, alcançar essa meta imporia uma série de sacrifícios.
       Durante as postagens, vi que muitos companheiros participantes não passaram incólumes. Os problemas mais comuns, como foi o meu caso, incluíram danos ou a perda de algumas unhas.  Mesmo estando distante, percebi o comprometimento de cada “desafiado” em oferecer o seu máximo. Alguns correram 50, outros 80, outros chegaram muito próximos de 100.
            Pude acompanhar e ver alguns companheiros, mais ousados e com maior disponibilidade de tempo, que chegaram a correr no período proposto entre 150 km a 190 km. Para alcançarem essas marcas, eles tiveram que correr, no mínimo, uma meia ou, até mesmo, uma maratona e meia, no mesmo dia. Com certeza, são fortes candidatos a ultramaratonistas.
            Um desafio, onde não se avaliou o melhor tempo, ou o grau de dificuldade enfrentado por cada um dos atletas. Alguns correram na esteira, uns enfrentaram fortes ladeiras, outros correram em terreno plano, etc.
            Um desafio onde não houve troféus. Não houve prêmios em dinheiro e nem o reconhecimento por categorias ou por faixa etária. Somente o prazer individual de poder dizer: “Eu fechei o Desafio dos 100 km!”.
          Da minha parte, mesmo achando uma grande irresponsabilidade, para quem deveria entrar em recesso e descansar, foram exatamente 100,550 km. Nem mais, nem menos. Muito bem cumpridos e ao custo de duas unhas. Uma delas me complica a vida até agora. Várias estratégias para alcançar esse objetivo poderiam ser traçadas. Correr 15 km diariamente, ou fazer essa rodagem dividida em duas ou mais vezes ao dia, seria a mais sensata delas. Entretanto, durante as férias com a família e, em deslocamentos constantes de viagem, tudo foi mais difícil.
            Irresponsáveis ou não, uma coisa é certa: Todos são um bando de loucos! Loucos por corrida.
          Para os próximos desafios fica como sugestão a divulgação de uma lista com o nome de todos os “desafiados” participantes, com a quilometragem percorrida por cada um, e o tempo utilizado para alcançar a rodagem informada.
            Um Excelente 2013 a todos! 

Imagem 1. Correndo em Uberaba-MG

Imagem 2. Correndo em Pouso Alegre-MG

Imagem 3. Correndo em Uberaba-MG

Imagem 4. Correndo em Uberaba-MG

Imagem 5. Correndo em Uberaba-MG

Imagem 6. Correndo no Rio de Janeiro-RJ.

Imagem 7. Correndo no Rio de Janeiro-RJ.

Imagem 8. Correndo no Rio de Janeiro-RJ.

Imagem 9. Correndo no Rio de Janeiro-RJ.

Imagem 10. Correndo no Rio de Janeiro-RJ.

Imagem 11. Correndo no Rio de Janeiro-RJ.

Imagem 12. Correndo no Rio de Janeiro-RJ.

Imagem 13. Correndo em Pouso Alegre-MG.

Imagem 14. Correndo no Rio de Janeiro-RJ.