domingo, 22 de setembro de 2013

NÃO FOI ACIDENTE!


Correr parece uma atividade simples. Mas não é! Para muitos, basta usar uma roupa confortável, um par de tênis e sair trotando por aí. Por esse ângulo, pode até parecer simples, mas a corrida, seja em treinos ou durante as competições, precisa ser feita com segurança!

Em se tratando de segurança, uma pesquisa recente entrevistou um grupo de corredores solicitando que eles respondessem a seguinte questão: O que mais os preocupa durante os treinos? Vocês imaginam qual foi o item que mais se destacou?

Os resultados da pesquisa revelou que, o melhor amigo do homem, também pode ser o maior inimigo do Corredor! A grande maioria dos entrevistados, 44%, revelou que o que mais os preocupa são os CÃES SOLTOS nas ruas e no percurso onde os treinos são realizados! Vejam abaixo os resultados detalhados da pesquisa.
 

O QUE MAIS PREOCUPA OS CORREDORES DURANTE OS TREINOS
44 %
Cães soltos
21 %
Grande fluxo de veículos
20 %
Não há nenhum problema
5 %
Presença de indivíduos suspeitos
4 %
O ruído urbano
1 %
As condições atmosféricas
1 %
Ausência de um celular
0,5 %
Correr sozinho

 

De fato, correr não é nada fácil! Se não bastasse a força de vontade, para vencer as barreiras impostas pelo sedentarismo, o peso, as dores, a idade, o ritmo, as condições de saúde, além da falta de tempo, de equipamentos e de um local adequado, eis que a SEGURANÇA, especialmente com cães e veículos no percurso, surge como o grande vilão para o sucesso de uma boa corrida, seja nos treinos diários ou durante as competições!
 
 
 

O resultado da pesquisa poderia até causar surpresa, mas, hoje não o faz. Por mais de uma vez, já fui vitima de um ataque canino enquanto corria. Outros companheiros do meu  grupo de corrida também.

Poucos atletas possuem acesso à áreas seguras de treino, como as pistas de corrida. Como a grande maioria dos brasileiros, treinamos na rua, em praças ou em parques públicos. Ambientes hostis para os dias em que vivemos. Estamos constantemente expostos à diferentes situações de perigo. Perigos iminentes rondam diuturnamente a rotina de treinos de um corredor, a cada rua que passa.

À medida que adentramos ao mundo da corrida, desenvolvemos mecanismos próprios para nos proteger dos veículos ou indivíduos suspeitos na área de treino. Redobrar a atenção e correr, no contra fluxo dos carros é um deles.

Porém, quando corremos por aí, é comum observar algumas pessoas, especialmente idosos ou até mesmo crianças, caminhando com os seus cães de diferentes tamanhos e raças despreocupadamente. É interessante observar que, muitas delas, não teriam condições sequer de segurar os seus cães, caso eles decidissem correr em alguma perseguição.

Para agravar ainda mais o quadro, é cada vez mais comum, ver como algumas pessoas saem a passear com os seus cães de grande porte, como os das raças Rottweilers, Pit Bulls, Filas, entre outros, sem utilizar nenhum equipamento de proteção, especialmente a focinheira, numa clara situação de IRRESPONSABILIDADE!

É comum ouvir destas pessoas, quando abordadas, a seguinte informação: - Ele é tão manso! Nunca mordeu ou atacou ninguém! Até que chega o dia quando, uma criança, um idoso ou até mesmo um corredor, como qualquer um de nós, passa ao lado deles e é atacado.

Foi o que aconteceu recentemente, quando fui testemunha de uma das cenas mais horríveis de um ataque de um cachorro da raça Pitbull sobre um de meus companheiros de corrida! Uma cena de horror inesquecível, para mim e para ele, mais ainda!

O Fato:

... foi uma noite de agosto desse ano. Éramos três companheiros treinando naquele dia. Um deles, estava cerca de 200 metros atrás de nós. Corríamos por um local habitual, considerado seguro, um bairro residencial de ruas largas e amplas. De repente, escutamos muito barulho e gritos de socorro do colega retardatário. Paramos e tentamos entender a situação, quando o vimos no chão, com o pitbull raivoso sobre ele. Foi uma longa luta de braços e pernas dele, tentando, a todo custo, evitar que o cão o mordesse. Nada do que tentávamos, era capaz de aliviar a situação. Nem os donos do “bicho”, que apareceram em seguida, conseguiram tirar o animal de cima dele. Até que, o outro companheiro, corajosamente, teve a ideia de atirar uma pedra sobre o cão, que desistiu do companheiro que já estava no chão e passou a atacá-lo. Por fim, os donos do animal conseguiram dominá-lo. Eles ainda comentaram: - nossa! Esse cachorro é tão bonzinho! Ele nunca atacou ninguém!

A situação:

Estávamos em um ritmo maior, quando  passamos correndo na frente de uma casa. Os donos haviam saído e deixaram o portão aberto. Quando o colega retardatário passou, um pouco mais lento, o cachorro o atacou por trás, derrubando e dominando-o. Por sorte, depois de uns cinco minutos de luta, ele não recebeu nenhuma mordida lesiva, mas levou seis pontos em sua cabeça, que se feriu durante a queda.
 

Muitos podem falar que mês de agosto é mês de azar! É o mês do cachorro louco, etc. Este episódio coincidentemente ocorreu em agosto, mas poderia ter ocorrido em qualquer outra ocasião e em qualquer outro lugar do mundo. Acreditem, NÃO FOI ACIDENTE!

Foi uma contravenção penal, prevista no artigo 31 da Lei de Contravenções Penais que diz (Grifos nossos): 

Art. 31. Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente, ou não guardar com a devida cautela, animal perigoso:

Pena – prisão simples... ou multa...

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:

a) na via pública, abandonar animal de tiro, carga ou corrida, ou o confiar à pessoa inexperiente;

b) excita ou irrita animal, expondo a perigo a segurança alheia;

c) conduz animal, na via pública, pondo em perigo a segurança alheia.

       

Portanto, companheiros, aí está! O que mais pode nos preocupar durante as corridas, isto é, os cães soltos ou conduzidos nas vias públicas, pondo em risco a segurança alheia, nada mais é do que um CRIME COMUM, de acordo com a Legislação Brasileira, com uma penalidade de até dois anos de prisão e multa.

Isso significa que, infelizmente, enquanto essa Lei (DECRETO-LEI Nº 3.688, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941), que é anterior a atual constituição, não for modificada, casos parecidos como esse não será tratado como CRIME GRAVE contra a pessoa.

Graças a Deus, com exceção de um trauma psicológico severo, que levou o companheiro a abandonar os treinos, nada aconteceu, mas muitos já perderam até a vida em situação semelhante.

Fiquem atentos! Redobrem suas atenções, inclusive com os cães de pequeno porte! Uma mordida no calcanhar pode deixa-lo incapacitado (a) por vários meses, comprometendo todo o seu calendário de corrida.

É nosso desejo que nada lhe aconteça, mas se ocorrer um caso semelhante, o melhor a fazer é procurar socorro rapidamente, identificar o cão e o seu dono, mas, nunca deixe de ir à delegacia e lavrar um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência).

Essa é a única ferramenta que temos hoje para que os donos desses animais os guardem com a devida RESPONSABILIDADE!

Corra, com segurança!

 


Fonte de Apoio:


 

 

 

 

 

 

Que vença o melhor!


Que vença o melhor!
 

Como atividade esportiva, a corrida é mesmo diferenciada. Além dos inúmeros benefícios proporcionados por ela, no campo físico, psíquico ou social, ela ainda nos ensina que, quem corre, nunca é derrotado, independente do numero de pessoas que chegarem a nossa frente. 

Apesar de ser um esporte em que todos são vitoriosos, as competições estão por aí e, o número e a frequência com que elas são realizadas aumentam significativamente em todo o país. Ora, se é uma competição, é necessário haver um vencedor para ocupar o lugar mais alto no pódio.  

Se afirmamos inicialmente que, na corrida, todos somos vencedores, seria possível um maior numero de pessoas ocuparem esse lugar no pódio? A resposta é SIM! Este é o racional que se encontra por trás da premiação por faixa etária, que também funciona como um dos mais importantes gatilhos para incentivar os atletas veteranos a continuarem treinando. 

Entretanto, temos observado na prática, em diferentes segmentos de competições, isto é, desde as provas tradicionais até aos grandes circuitos de corrida, que há uma tendência, cada vez maior, de não se realizar a premiação dos atletas de acordo com suas faixas etárias. Sem dúvida alguma, este é um assunto quente e, esta, uma excelente oportunidade para abordar esta questão.
 
 
 
Imagem 1. Atletas sendo premiados na faixa etária logo após a prova.
 

Competir e cooperar faz parte da natureza humana. O mundo que conhecemos hoje é fruto de sucessivas combinações destes dois fatores, utilizados pelo homem em diferentes momentos para superar e VENCER os desafios impostos pela natureza ou criados por ele próprio e, assim, sobreviver. 

Assim como na vida, em se tratando do esporte, coletivo ou individual, VENCER é importante. Porém, critérios como ÉTICA, INTEGRIDADE, COMPANHEIRISMO, JUSTIÇA, entre outros, também nos ensinam que, saber competir e vencer, é mais importante ainda. Esta é a base sobre a qual o esporte está alicerçado. 

De forma geral, as competições exercem um papel significativo ao ser responsável por fornecer a motivação necessária para que atletas de diferentes idades continuem treinando e mantendo um estilo de vida mais saudável, o que pode servir de inspiração para muitos que ainda não o são. 

Em diferentes modalidades esportivas, especialmente no atletismo, incluída a corrida de rua, durante as competições se avalia, se reconhece e premia aquele (a) ou aqueles (as) atletas, que se destacaram por estarem em melhores condições em um dado momento.  

Como em se tratando de corrida de rua não é viável realizar provas por categorias específicas de atletas, é comum que todos larguem juntos, independente do sexo, idade ou de serem, ou não, portadores de alguma necessidade especial. 

O critério de justiça, inerente à pratica esportiva, deixa de ser atendido quando os atletas participam de uma competição em condições de desigualdade. É o que acontece quando vemos no regulamento de algumas provas que só haverá uma premiação geral. Assim, atletas mais velhos, acima de 40 anos, acabam competindo em situações desiguais com os mais jovens.  

Mesmo nestas condições, não é raro ver o atleta mais “velho” no pódio. Porém, na prática não é o que acontece. Aqui, se caracteriza uma situação de desigualdade. Uma premiação geral normalmente envolve dinheiro e troféus, cujos valores variam de acordo com a colocação do atleta.

Felizmente, os corredores ainda podem competir, mesmo quando envelhecem.  A classificação por faixa etária, além de incentiva-los a continuar treinando, é uma forma de corrigir este desvio ao permitir que os atletas corram com pessoas de sua idade.  

Por isso, é lamentável quando se vê por aí competições sendo realizadas sem atender a esse critério. Normalmente, as premiações por faixa etária, quando contempladas pelo regulamento, são realizadas apenas com troféus. Em poucos casos há premiações em dinheiro. 

Mesmo quando determinada competição adota o critério da faixa etária, ainda é possível observar pontos de melhoria. É o que acontece, por exemplo, com as amplitudes de idade comumente utilizadas.  

O ideal seria que elas adotassem uma amplitude de cinco em cinco anos (5-5 anos). Entretanto, normalmente elas adotam o padrão de dez em dez anos (10-10 anos), o que pode ser considerado um abismo quando o atleta se encontra na casa dos cinquenta anos ou acima e se vê obrigado a competir com atletas mais jovens.  

O fato é que à medida que envelhecemos, perdemos um pouco de nossa capacidade como atleta. Estudos na área de fisiologia sugerem que, se você continuar treinando, mantendo a mesma rodagem (quilômetros percorridos) e a mesma intensidade, essa capacidade será lentamente reduzida. A partir dos cinquenta anos, a fisiologia do corpo se modifica drasticamente. 

Mais lamentável ainda é ver regulamentos de provas utilizando uma amplitude que coloca sob uma mesma faixa etária, todos os atletas acima de 60 anos, o que pode ser considerado um absurdo. Onde está o critério de justiça para com os atletas acima de 70 anos neste caso? Melhor seria que nem houvesse a estratificação. 

É importante lembrar que já temos duas grandes categorias: masculino e feminino. Reconhecemos que atender a esse subcritério, o da idade, é um trabalho a mais para as empresas organizadoras de eventos dessa natureza, pois requer mais de investimento na confecção de troféus, além de mais tempo e cuidados especiais para corrigir falhas.  

Independente do tipo de classificação, subir ao pódio, no calor das emoções é mais do que um reconhecimento. É um ritual. Para que seja viável, é necessário que os atletas e demais envolvidos tenham sempre paciência, pois a cerimônia de premiação é mais demorada. Além disso, ainda é necessária uma boa dose de compreensão, ao ter que lidar com possíveis falhas. 

Para evitar estes transtornos, algumas empresas começam a adotar a prática de realizar somente a premiação geral imediatamente após a prova, deixando a premiação por faixa etária, quando ela estiver prevista no regulamento, para um segundo momento, isto é, alguns dias após a prova. Esta prática aumenta o número de transtornos para os atletas, especialmente aqueles que residem em outras cidades. 

Recentemente tivemos um claro exemplo desta prática, com uma das mais tradicionais provas de 10 milhas do Brasil. O evento que já estava em sua 24ª edição, reuniu gente de todo o país. Atletas que treinaram sério e se dedicaram para aquela prova. Eles foram surpreendidos pela organização ao ser anunciado que não haveria premiação por faixa etária naquele dia e que os troféus seriam enviados posteriormente pelos Correios. Uma expectativa frustrada. 

Os atletas em geral não veem esta prática com bons olhos, pois, se cria um problema a mais. Confira a logística: ele se inscreve em um local, retira o kit da corrida em outro, participa da competição em outro e, ainda tem que aguardar ou se deslocar novamente para, então, receber o “merecido” troféu. É um claro sinal de que realizar uma cerimônia de premiação para os campeões em cada faixa é muitas vezes um contragosto para quem organiza.  

A realidade nos mostra que nos moldes como os eventos são realizados nos dias de hoje, os atletas que se preocupam com este tipo de questão, não é a maioria. Eles podem nem dar lucro para as empresas, além de, normalmente, serem também os que mais brigam por seus direitos, adquiridos com muito suor.  

A grande maioria é formada pelos demais participantes. São os verdadeiros “vencedores” que saíram do sedentarismo e agora angariam os benefícios de uma melhor qualidade de vida. Para eles, tanto faz. São estes que dão lucro e engrossam o funil de largada. Pagam o que é cobrado na inscrição e, não faltando água no percurso e segurança, tudo bem.    

Entretanto, independente de seu perfil como atleta, a verdade é uma só: fazemos parte de uma tribo. Uma tribo de corredores. O reconhecimento do esforço de acordo com a faixa etária continuará funcionando como um gatilho motivacional para que continuemos apoiando, nos inscrevendo e participando continuamente das competições. Com um pouco mais de dedicação e afinco, todos, levando os treinos a sério, poderemos subir no pódio em algum momento. 

Atletas e empresas organizadoras de eventos dependem um do outro. É preciso haver um pouco mais de respeito e entendimento, de ambos os lados. 

Acreditamos que os recursos atualmente disponíveis, especialmente os modernos sistemas de cronometragem e os valores arrecadados na forma de patrocínio e inscrições, são mais do que suficientes para se realizar competições de qualidade e permitir uma convivência harmoniosa entre atletas e a organização destes eventos.

Desejamos a todos boas corridas!

 

 

 

 

sábado, 21 de setembro de 2013

Ser ou não ser um Atleta Federado?


Ser ou não ser um Atleta Federado?

À medida que adentramos o mundo da corrida e aumentamos o contato com outros praticantes, seja simplesmente durante os treinos ou em competições, nos deparamos com outra realidade. Um mundo diferente, com cultura, ritos e jargões próprios de uma tribo: uma tribo de corredores.

Uma vez imerso neste universo, encontramos atletas de diferentes categorias e níveis com a mesma indagação: - Vale a pena ser um atleta federado? – O que é preciso fazer? Pensando nesta questão, fomos buscar algumas respostas e as compartilhamos a seguir.
 
 
Imagem 1. Página inicial do site da CBAt.
 

Seja você um atleta iniciante ou veterano, atleta de elite ou não, a resposta para a primeira indagação é: SIM, vale a pena ser um atleta federado! Ao se federar, o corredor passa a ter benefícios, além de passar a fazer parte de uma classe oficialmente reconhecida.

Ser federado, especialmente para os atletas profissionais, mas que se aplica também aos corredores amadores é de fundamental importância para captar recursos e conseguir incentivos de entidades públicas ou privadas.

Outro benefício é que um atleta federado, além das corridas de rua, também pode participar das competições oficiais realizadas em pistas.

Outra grande vantagem é que, algumas competições realizadas pelo Brasil afora, possuem condições e descontos especiais na inscrição para atletas federados, que pode chegar até a 50%, dependendo da prova e da região.  Assim, uma vez que as taxas de anuidades cobradas para se federar não é abusiva, é possível recuperar o investimento com o desconto obtido em pouco tempo.

Portanto, vale a pena ser um atleta federado! A seguir, indicamos alguns passos e damos algumas dicas sobre como se federar:

1)      Acessar o site da CBAT: www.cbat.org.br

2)      Clique na Guia formulários

3)      Selecione um Estado

4)      Clique na Guia acessar formulários

5)      Clique na Guia Cadastro de Corredor de Rua

6)      Preencha o Formulário

7)      Imprima o formulário, devidamente preenchido, em duas vias;

8)      Tenha uma foto 3 x 4 e uma cópia de sua identidade.

9)      No Estado de Goiás, a taxa de inscrição cobrada é de R$20,00.

10)   Após o total preenchimento, será impresso o Cadastro de Corredor de Rua que deverá ser assinado e, entregue na Federação de Atletismo de seu Estado ou enviado para a sede da CBAt, para que seja efetivado o seu cadastro.
 
OBS.: Os campos com asterisco (*) são obrigatórios. Utilize a tecla [Tab] para navegar entre os campos.
 
Veja no vídeo abaixo maiores detalhes sobre como se federar:
 
 
 

Esperamos que estas informações tenham sido úteis!

Boas Corridas!

sábado, 14 de setembro de 2013

Corrida da Independência de Águas Claras - 2013

Entre Organizadores e Atletas, não há INDEPENDÊNCIA.

 

Em 07 de Setembro se comemora a Independência do Brasil. Na ocasião, a data é lembrada nas principais cidades do país com os tradicionais desfiles civis e militares, numa grande festa cívica. Em alguns lugares, também se comemora correndo. 

Foi o caso de Águas Claras*, no Distrito Federal, que realizou no dia 08 (domingo) a Corrida e Caminhada da Independência. O evento contou com a organização e realização da Fun & Run Sports, em parceria com a Administração Regional, o mesmo que a prefeitura local. A cronometragem ficou a cargo da Chiptiming. 
 
 
Imagem 1. Atletas dos 10 km se preparam para a largada.
 

Confira no vídeo abaixo como foi a largada:  
 
 
Vídeo 1. Largada 10 e 5 km
 

O evento conseguiu reunir quase todos os ingredientes para uma grande corrida, e principalmente apoio. Infelizmente, algumas coisas não deram certo. Para quem acreditou e apoiou, como os patrocinadores e atletas inscritos, o que era para ser uma grande festa, acabou se tornando uma enorme decepção. 

Foram problemas típicos de provas não oficiais, como uma falha grave na aferição do percurso, ausência de serviço médico para o atendimento de emergências, confusão, durante a chegada dos atletas e, posteriormente, na divulgação dos resultados, entre outros.  

Se por um lado a corrida não foi das melhores, por outro, esta foi uma excelente oportunidade para se refletir sobre um assunto que poucos dispensam a devida atenção: o documento chamado de “regulamento” de uma prova de corrida de rua. Para que isso serve?  

A experiência ensina que, uma atenção mais dedicada a esta questão, pode auxiliar os atletas a escolherem melhor as suas provas, pois nem todas são dignas de se participar. Para os atletas mais sérios e dedicados, uma simples leitura neste instrumento, poderia evitar transtornos e, consequentemente, decepções, como as que ocorreram em Águas Claras. 

Infelizmente, assim como ocorre com a maioria dos contratos que circulam por nossas vidas, poucos corredores dedicam tempo suficiente para ler os regulamentos, salvo se for para analisar questões relacionadas a premiação ou outro ponto mais específico. 

Os regulamentos funcionam como um contrato, no caso, de prestação de serviços. É o instrumento jurídico utilizado para assegurar direitos e deveres tanto para quem organiza, quanto para quem participa do evento, o atleta. A inscrição, por sua vez, implica em adesão automática às suas cláusulas. 

Na prática, é o meio formal, desenvolvido unilateralmente, ou seja, por quem organiza o evento, para se proteger juridicamente. Invariavelmente, quando se veem prejudicados, os atletas, por boa-fé, acabam se tornando agentes passivos.  Quando se trata de se defender ou reivindicar alguma questão, eles precisam fazê-lo ali na hora, no calor das emoções.  

Passado o evento e, não havendo reclamações no local da prova, os problemas encontrados (pois raramente é apenas um), caem no esquecimento. Como o atleta é a parte mais frágil deste relacionamento fica a questão: ele, o atleta, perde os seus direitos, caso não reivindique algo ali na hora? Com certeza, um bom tema para ser discutido. 

Uma simples leitura no regulamento pode ser reveladora e dar pistas sobre o que se pode esperar de um evento, isto é, sua provável qualidade. Para ilustrar esta questão, veja o exemplo retirado do regulamento da Corrida da Independência de Águas Claras, antes do site ter sido retirado do ar.  

Um dos primeiros sinais que algo poderia sair errado estava bem visível na seguinte informação do documento: "Os percursos da corrida são de aproximadamente 10 km e 5 km, e o da caminhada, aproximadamente 5 km”.  

A palavra "aproximadamente", utilizada no instrumento é ampla e permite uma grande margem de erro. Na prática, o percurso que era para ser de 10 km, na verdade, tinha apenas 8 km. Uma grande diferença, que acabou decepcionando muito os atletas.  

Não é raro faltar água no percurso, isotônico, kits pré e pós-corrida, etc. Todavia, faltar 2 km é de se admirar. Encontra-se por aí desvios de 100 até 500 metros, em uma prova de 10 km, mas, não uma margem de erro de 2 km. Como não foi uma corrida oficial, isto é, com a chancela de entidades competentes, muito pouco se pode fazer. Mas, acredito que caiba aqui uma forte crítica.  

Alguns itens inseridos nos regulamentos, como disponibilidade de serviço médico, ambulância e socorristas para atendimentos de emergência, banheiros químicos, hidratação e segurança no percurso, ficam parecendo muita generosidade por parte dos organizadores. Na verdade, esses são itens obrigatórios para que os órgãos fiscalizadores competentes viabilizem os eventos dessa natureza. Não é nenhum favor ao atleta. 

Nesta corrida mesmo, não havia nenhum serviço médico ou ambulância disponível. Um problema a mais. Por sorte, parece que não houve problemas. E numa situação de necessidade? O que o atleta deveria fazer? Esperar o serviço médico ser solicitado? Esperar por sua chegada? Denunciar?  

A resposta para tudo isso é uma só: deixar de apoiar! É por estas e outras que o número de 'pipocas' aumentam: inscrições com preços elevados e serviços mal prestados. 

Isso está se tornando muito sério. Hoje se observa regulamentos com cláusulas absurdas, como proibindo os participantes, que se sintam prejudicados, de ingressarem com ações cíveis antes, durante e após o evento. Agora, a nova moda é querer proibir os atletas de fotografarem, filmarem ou divulgarem suas próprias imagens no evento.  

Só falta mesmo proibirem a participação do público. Porém, como o próprio nome aponta, é público! (ou não e?). Será que, quem tem muito para proibir, não é porque também muito tem muito para esconder?  Chegamos às vias do absurdo. 

Na Corrida da Independência, foram criadas todas as condições para um grande evento, o que pode ser constatado pelo vídeo da prova. Os atletas aderiram, pagaram um valor razoável pela inscrição (R$50,00), doaram 2 kg de alimento não perecível e compareceram em massa para prestigiarem a iniciativa. A Administração Regional de Águas Claras fez a sua parte: disponibilizou muitas viaturas e agentes do DETRAN. Os patrocinadores também não economizaram e investiram no evento.
 
 
Imagem 3. Viaturas (carros e motos) e agentes do DETRAN-DF fizeram a segurança do percurso.
 

No entanto, infelizmente, o evento não atendeu as expectativas. Da forma como foi organizada, comprometeu inclusive o serviço de cronometragem. Vale acrescentar que alguns atletas correram, estando devidamente inscritos e não tiveram seus tempos registrados, como foi o meu caso. Além disso, aqueles que tiveram suas marcas registradas, ainda aguardam os resultados por faixa etária serem divulgados.  
 
 
Imagem 2. Minha chegada.
 

Isso lembra aquelas festas de formatura, onde o aluno paga durante o curso e o evento não se realiza. Ou, se realizado, deixa muito a desejar. 

Empresas organizadoras de corridas, atletas e outros atores envolvidos dependem um do outro. Em se tratando de competições de corrida de rua, não há como falar em INDEPENDÊNCIA. É preciso haver respeito. 

Por isso, caro atleta, como a parte mais frágil nesse relacionamento, pense muito bem! Se não quer problemas, procure ler os regulamentos. Apoie organizadores que você já conhece, e que tenha experiência no assunto. Dê preferência para as provas oficiais, isto é, aquelas homologadas e certificadas. Entretanto, lembre-se que isso não significa que você estará livre de aborrecimentos. 

Um grande abraço e boas corridas!

 

 
*Águas Claras já foi uma extensão da cidade satélite de Taguatinga (DF). Começou a se desenvolver na década de 90. Em pouco tempo, se transformou em Região Administrativa independente, do Distrito Federal. Hoje, é uma verdadeira cidade, a 19 km do Plano Piloto de Brasília, com uma área aproximada de 31,5 km² e uma população estimada de 135 mil habitantes.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

II Maratona e V Meia-Maratona EM Movimento


Correr é Vida. Vida em Movimento!


                Frequentemente encontramos corredores pelo Brasil afora que nos perguntam: Goiânia tem uma maratona? Hoje, a resposta é: - Sim! Goiânia já tem uma maratona! No ano passado ela foi inaugurada de forma modesta. A sua segunda edição foi realizada neste dia 01 de setembro de 2013.


 
 
Imagem 1. Pórtico de Largada/Chegada.
 


  A II Maratona e V Meia Maratona EM Movimento, é um evento realizado pela AGEM – Associação Goiana de Esclerose Múltipla e organizado pela Iceemmovimento Sport. Neste ano, a Cronotag, ofereceu o suporte no sistema de cronometragem.  


  A prova também aproveitou para homenagear os 80 anos de Goiânia e recebeu o título de “Corra por uma vida melhor”, cujo objetivo é o de estimular a prática esportiva e o bem-estar da população, especialmente dos portadores de Esclerose Múltipla (EM) *.

 
Vejam, no vídeo abaixo, como foi o evento:
 
 
Vídeo 1. II Maratona e V Meia-Maratona EM Movimento
 

Apesar de ser a quinta edição do evento “‘EM Movimento”, foi somente em 2012, que os 42 km foram incorporados. Portanto, temos aqui uma maratona ainda muito jovem, com apenas dois anos de idade, mas com grande futuro pela frente.  

Até então, em Goiânia, só se contava com as distâncias de cinco e 10 km, além de uma meia-maratona realizada no final de outubro, em ocasião das festas de comemoração ao aniversário da cidade. Outras distâncias, como as 10 milhas, também começam a figurar no calendário local de corridas. Torcemos para que a maratona prospere, pois há muitos maratonistas no eixo Goiânia-Brasília, ávidos por uma boa prova. 

 A Maratona EM Movimento oferece opções de corrida para toda a família. O atleta pode escolher se quer somente caminhar, ou se quer correr cinco, dez, 21 ou 42 km. Portanto, é um convite para toda comunidade se engajar por uma causa, com várias alternativas, em termos de distâncias. Todos podem APOIAR e participar!

Ao longo de sua existência, o evento sofreu modificações e causou algumas controvérsias. Entretanto, a edição de 2013 surpreendeu e, na opinião dos participantes, esta foi a melhor edição de todas. O nível de satisfação foi elevado. 

A coordenadora da AGEM e do evento, a engenheira civil Eduarda Arantes, atenta às sugestões, conseguiu realizar uma corrida que superou as expectativas e agradou. Em 2012, ela não apenas sonhou que poderia fazer uma maratona, como levou muita gente a sonhar junto! Apoio para isto não faltou. Hoje, já vai para a sua segunda edição.

 

Imagem 2. Eduarda Arantes ao lado do atleta Sr. Ataíde de Brasília.

Para chegar a esse resultado, ela introduziu melhorias após ouvir a opinião de atletas experientes. Foi necessário ter coragem e sonhar “alto”, para levar a frente um projeto de realizar uma maratona entre os meses de agosto/setembro por estas paragens.  

Para quem conhece o cerrado goiano, sabe o quanto é difícil correr ou realizar um simples treino nesta época do ano. Imagine só, completar uma meia ou uma maratona com uma altimetria exigente, um percurso muito técnico, com temperatura elevada e baixa umidade relativa do ar (10 a 20%). Reunidos, esses elementos formam uma combinação perigosa, que pode colocar em cheque, qualquer pretensão mais audaciosa. Quem decide participar, precisa saber o que irá enfrentar. 

Dentre as melhorias introduzidas em 2013, citamos o retorno da largada para a Rua 4, no centro da cidade. Em 2012 ela ocorreu em frente a uma fábrica de refrigerantes, no município de Trindade, na área metropolitana da cidade. Desta vez, os 5, 10 e 21 km, foram integralmente percorridos dentro de Goiânia. Já os maratonistas, foram além, e ainda enfrentaram parte da rodovia que liga Goiânia ao município vizinho, até a fábrica de refrigerantes, após o que, retornaram ao ponto de origem.  

Outra melhoria proposta foi possibilitar uma largada mais cedo, a partir das 06h30min, em ondas de acordo com a distância disputada. Assim, foram duas largadas: a primeira para os 21 e 42 km e, a segunda para os 5 e 10 km. Na prática, a primeira largada ocorreu por volta das 07 horas. Apesar do atraso, o horário agradou a muitos. Como era de se esperar, os maratonistas mais lentos, enfrentaram maior dificuldade.
 
 
Imagem 3. Atletas dos 21 e 42 km se preparam para a largada.
 


            Outra melhoria foi fundamental para o sucesso do evento: para amenizar o desgaste e oferecer maior conforto aos atletas, o sistema de hidratação e alimentação foi o diferencial. Foram oferecidos água a cada 2 km, e isotônicos nos quilômetros 14, 18, 21, 28, 32, 36 e 42k. 


Além disso, apesar da organização não oferecer uma premiação em dinheiro, esse é um evento que agrada em cheio ao atleta amador, pois há medalhas para todos os participantes e troféus para os três primeiros colocados em cada faixa etária, de cinco em cinco anos até 80 anos, em todas as distâncias disputadas, isto é, dos 5 aos 42 km. 

Cerca de 450 atletas concluíram os quatro percursos oferecidos. Os cinco quilômetros foi a distância que captou o maior número de participantes (44,6%), seguidos pelos 21 km (23,5%) e 10 km (21,7). Apesar do pequeno número de maratonistas (10,2%), há que se considerar que, localmente, existe um menor número de adeptos a esta modalidade e, devido à tenra idade e às dificuldades específicas e inerentes à maratona goiana, poucos ousaram enfrentar o desafio. Ao todo, foram 46 concluintes. Gente de todo o Brasil. A eles, o nosso reconhecimento e os nossos PARABÉNS! 

Vejam na tabela abaixo os principais resultados:


5 km (201)
44,6%
MASC (132)
TEMPO
FEM (69)
TEMPO
Victor Arrais Sousa
17:04
Edneusa J Dorta
21:06
Gleidson A Almeida
18:59
Vani R Santos
21:19
Matheus G S Sousa
19:12
Suelene R Silva
21:39
10 km (98)
21,7%
MASC (81)
TEMPO
FEM (17)
TEMPO
Paulo Serafim Alves
35:17
Sheyla P Rosa
47:43
Joeilton G Campos
36:16
Antônia B Oliveira
51:29
Donizette A Silva
39:45
Suziane F Borges
51:36
21 km (106)
23,5%
MASC (90)
 
FEM (16)
TEMPO
Vilmar Garcia B Jr
01:19:26
Margarida Sirqueira
01:46:22
Celmo R Almeida
01:23:18
Maisa C Zica
01:48:36
Danilo Azevedo
01:25:59
Katiuscia T Costa
01:53:38
42 km (46)
10,2%
MASC (44)
TEMPO
FEM (02)
TEMPO
Sineilucio Mendanha
02:39:29
Rejane Caetano
04:13:25
Joviano P M Neto
02:46:41
Rilva X G Souza
04:34:22
Zelito T Barbosa
03:02:03
 
 
                      Fonte: Cronotag
 
 

Imagem 4. O atleta Sineilucio Mendanha (ao centro), da equipe André Vilarinho e campeão desta maratona.

 

             Considerações importantes para quem deseja conhecer maiores detalhes deste desafio: 


Esta não é a melhor época do ano para se realizar uma prova de longa distância, no centro-oeste.  Além disso, o percurso escolhido para acolher a Meia e Maratona deste evento é exigente, o que requer boa dose de preparo dos participantes. 

Porém, quando se olha para a perspectiva de superar desafios, não resta dúvida que esta é uma excelente opção. Há outras provas realizadas pelo Brasil, com desafios altimétricos e climáticos até maiores e que são um sucesso de público, o que sugere haver um potencial de oportunidades para serem aproveitadas e fazer com que mais atletas sintam-se mais atraídos para correr na capital goiana. É importante lembrar que às vezes, uma boa organização, não é o suficiente, pois há outros critérios que também precisam ser atendidos. 

Em 2013 a organização fez a sua parte! Voltou a largada para seu ponto original, se propôs a fazer uma largada mais cedo, divulgou amplamente, obteve apoio de importantes organizações, conseguiu patrocinadores, etc. Durante o evento, envidou todos os esforços para proporcionar conforto e segurança aos atletas.  

Por isso, com base na experiência deste ano, recomendamos a prova, inclusive a meia e a maratona para todos aqueles que estiverem interessados em participar de suas próximas edições, em especial para quem gosta de desafio (e quem não gosta?), ou esteja se preparando para enfrentar um, como por exemplo, outra prova-chave. Aqui, estamos diante de uma excelente oportunidade para se apoiar uma causa e para correr ou treinar, em um percurso demarcado, seguro e com postos de hidratação colocados a disposição dos atletas a cada 2 km. 

Mesmo sem uma premiação em dinheiro, a Maratona EM Movimento conseguiu agradar em cheio aos atletas amadores, especialmente os mais dedicados e que buscam um lugar no pódio. Ressaltamos que TODOS os três primeiros colocados, tanto no masculino, quanto no feminino, são premiados por faixa etária, divididas a cada cinco anos, nas quatro distâncias disputadas.



  
Imagem 4. Atletas premiados, em várias categorias, posam ao lado de Eduarda Arantes.

É importante lembrar que se trata de uma atividade realizada sem fins lucrativos, tendo como temática uma boa causa: alertar a população sobre a importância do diagnostico precoce de uma doença grave, a Esclerose Múltipla*, que ataca, sobretudo, os mais jovens.  

Por isso, acreditamos que poderia ter havido maior engajamento da população e da comunidade running local. De acordo com os dados divulgados, cerca de 500 atletas se inscreveram nesta edição. Acreditamos que muitos outros poderiam ter apoiado, nem que fosse somente para caminhar. Quem sabe na próxima edição, que já tem até data marcada: 31 de agosto de 2014 tenhamos uma maior participação! Esperamos vê-los por lá! 

Que esse sucesso se repita em 2014 e que as pequenas falhas que por ventura ocorreram, possam ser sanadas! Parabéns à comissão organizadora e a todos os staffs que, voluntariamente contribuíram para o sucesso do evento! 

Um grande abraço a todos e, boas corridas!
 
 
 
*A Esclerose Múltipla (EM)

                 A esclerose múltipla (EM), razão da existência desta prova, é uma enfermidade degenerativa considerada uma doença autoimune, cuja causa depende vários fatores. Sua evolução pode ocorrer por surtos e, ainda, deixar deficiências neurológicas. Afeta principalmente os jovens entre 20 e 40 anos e, principalmente, mulheres. É predominante em pessoas de pele clara, mas também acomete os afros descendentes. Acredita-se que, no Brasil, existem cerca de 15 a 18 pessoas com EM a cada cem mil habitantes.
                 Os principais sintomas da EM incluem a perda da visão, da audição, ausência de coordenação motora, paralisias, dormências, dificuldades para falar e perda do controle para realizar as necessidades fisiológicas. A EM não tem cura, mas, há tratamento, que deve ser iniciado o mais breve possível em função de envolver seqüelas neurológicas. Assim, o diagnóstico precoce é muito importante para assegurar a qualidade de vida.  Daí, a importância deste evento!
 

Fontes de Apoio: