domingo, 13 de maio de 2012

5ª Maratona de Brasília


5ª Maratona de Brasília

“May the road rise up to meet you. May the wind be always at your back.”
                “Que a estrada esteja a seu favor. Que o vento nunca esteja contra você.”
Tradução livre de um provérbio Irlandês

            Em fase de preparação para a Maratona do Rio de Janeiro, a ser realizada em julho desse ano, eu e os companheiros Rene e Ricardo, aceitamos o desafio de enfrentar a 5ª Maratona de Brasília como uma prova-treino para checar e avaliar nossas reais condições.


Foto 1. "The Road is long" - Alguém poderia dizer o que esses três corredores possuem em comum, além do uniforme?

            A maratona, considerada por muitos como a “senhora de todas as provas” é um desafio que exige muita preparação e respeito. Afinal, não é somente os 42, 195 km que contam, pois, para se chegar lá, o atleta precisa se dedicar muito. Demanda-se treino prévio e, treino sério, ausência do âmbito familiar, preparação extra na academia, etc. Se o atleta não está por conta, fica tudo mais difícil. É duro e sofrido!
            Como maratonistas, reconhecemos isso. Foi com esse cuidado que fomos para Brasília. Apesar da nossa experiência, como corredores de longa distância, sabíamos que enfrentaríamos um grande teste, pois ainda não havíamos atingido uma rodagem suficiente nos treinamentos para nos deixar confiantes. Essa rodagem requereria de nós uma dedicação prévia de 4 a 6 meses de preparação, o que não foi possível.
            Para mim, o desafio foi ainda maior, pois há mais de dois meses venho me recuperando de uma lesão, que me levou a reduzir drasticamente o volume dos treinos. Fui para Brasília, ao lado dos companheiros, com uma grande dúvida, pois, nessa prova, tudo poderia acontecer. 


Foto 2. Correr 42 km é fácil! O difícil mesmo são os 195 metros finais. Em Brasília os 8 km finais são em rampa.

            A Maratona de Brasília já está em sua quinta edição. Neste ano a organização fez algumas alterações como a antecipação da prova do mês de julho para maio, o que foi muito positivo em função de que em julho os níveis de umidade relativa do ar se tornam mais baixos, o que tende a aumentar ainda mais o nível de dificuldade da prova.  Outra novidade foi o novo percurso de apenas uma volta.
            A prova é uma excelente oportunidade para aqueles que desejam conhecer o Plano Piloto, idealizado por Niemayer, pois o novo percurso passa pelos principais pontos turísticos da cidade como a Catedral, a Esplanada dos Ministérios, o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, a Praça dos Três Poderes, Eixão (Sul e Norte), as Embaixadas e, tendo ainda, como pano de fundo, o Lago Paranoá.
            A escolha do percurso foi muito feliz. Entretanto, em Brasília, a exemplo de outras cidades no Estado de Goiás, é muito difícil realizar uma corrida em um lugar totalmente plano, pois, apesar de ser no Planalto Central, as encostas e fundos de vales são frequentes. 

Imagem 1. Altimetria da 5a Maratona de Brasília


A Prova

            A 5ª Maratona de Brasília foi realizada no dia 06.05.2012 e contou com dois percursos diferentes: os 42,195 km e uma corrida de 8,5 km. De acordo com informações disponibilizadas pela organização do evento, não houve como conseguir uma aprovação para se realizar uma meia-maratona concomitantemente.
            Na maratona houve recorde no número de atletas inscritos: 350 participantes destemidos. Pode parecer pouco, mas recorde é recorde. Isso evidencia que a prova de Brasília ainda tem um grande potencial pela frente. No ano passado, apenas 140 atletas concluíram a prova. Nesse ano foram 248 homens e 34 mulheres.
            Pelo apelo turístico da Capital Federal, pela farta rede hoteleira e, pelo excelente nível de organização, a Maratona de Brasília tem tudo de bom para reunir algo em torno de 1000 maratonistas, se tornar uma das provas certificadas pela Revista Contra-Relógio e, assim, aumentar o seu prestígio no país.
            Tanto para os corredores, quanto para os especialistas, a Maratona de Brasília é considerada como de elevado grau de dificuldade. Hoje, entendemos o porquê disso. A altimetria da prova não deixa a menor dúvida. Veja a comparação abaixo de duas provas difíceis no Brasil:


MARATONA
PLANO
SUBIDA
DESCIDA
Londrina
2,150 Km
19,390 Km
21,110 Km
Curitiba
6,540 Km
18,750 Km
17,870 Km
Brasília
3,010 Km
21,090 Km
18,500 Km

           
               Em função desse nível de dificuldade, não poderíamos ter uma oportunidade melhor para testar os nossos limites. Assim, utilizamos a prova para realizarmos todos os tipos de testes possíveis, isto é, aproveitamos o clima de competição para colocar em cheque nossa concentração, alimentação, planejamento de ritmo para superar as intermináveis subidas do percurso, superação psicológica para vencer a “famigerada” barreira dos 30 km, concluir a prova, além de testar como seria nosso tempo de recuperação no pós prova.
            Mal sabíamos o quanto de proveito e aprendizado iríamos adquirir após concluir esse desafio. Mesmo durante a prova, quilômetro a quilômetro, aclive por aclive, discutimos detalhadamente nossa estratégia para a prova.
            Alguns fatores críticos são fundamentais para se concluir uma prova dessa natureza. Dentre eles poderíamos citar: 
        1) Competência na organização da prova, o que inclui a segurança dos atletas, oferecimento adequado de postos de hidratação, etc.
        2) Uma preparação prévia adequada ao desafio (treino x recuperação x alimentação); 
        3) Um percurso com altimetria amigável; 
        4) Clima favorável;

            A organização foi impecável, em todos os sentidos. A largada para a “senhora de todas as provas”, prevista para as 7 h da manhã, não se atrasou. Já a largada para a corrida de 8,5 km se deu às 7h30min. Uma largada às 7h da manhã, consegue preservar os atletas e ameniza o grau de sofrimento, para aqueles com objetivos de tempo menos audaciosos.


Foto 3. Preparando para a largada.

             
                A organização também foi muito competente na hidratação, oferecendo postos de isotônico a cada 6 km e água cada 3 km. Essa, sem dúvida alguma, foi uma grande contribuição e um ponto positivo.
            Tudo ocorreu de acordo com o que a organização prometeu. Foi água gelada e em grande quantidade! Água e isotônico, posto sim, posto não. O maior desafio mesmo ficou por conta de tomar o isotônico, sem parar, pois eles foram oferecidos em copos abertos.
            Outros fatores menos perceptíveis para os atletas também foram colocados a disposição pela organização como os banheiros químicos e presença de ambulâncias ao longo do percurso e seguro de vida para os atletas. Tudo isso tornou nossa participação mais segura e confortável.
            Gostaria de registrar aqui somente um comentário que pode contribuir para tornar a sexta edição dessa prova ainda melhor. Trata-se de colocar o posto de isotônico antes da água. Nessa prova, somente o primeiro posto obedeceu a essa ordem. Nos demais, o isotônico foi oferecido imediatamente depois da água.
            O detalhe é que, muitos corredores não conseguem tomar o isotônico sem derramá-lo sobre o corpo, deixando-o “preguento”. Além disso, o isotônico pode deixar o atleta um pouco “enjoado”, além de que o seu sabor pode não ser adequado. Um posto de água oferecido logo após, como é feito na maioria das maratonas das quais participamos, poderia amenizar esses efeitos indesejados.
            Como destacamos anteriormente, nossa preparação não foi a mais adequada possível. Fizemos os nossos treinos de rodagens separadamente e em horários diferentes. Cada qual conseguiu alcançar, no máximo, 30 km nos treinos longos. Isso nos habilitaria a concluir uma maratona, que são 42 km? 
            Hoje, aprendemos na prática que, de fato, há vários caminhos diferentes para se completar uma maratona. As opiniões de treinadores também são divergentes a esse respeito. Alguns sugerem altas quilometragens, enquanto que outros, não.
            Não somos atletas iniciantes. Já tínhamos certa rodagem e algumas maratonas no currículo. Entretanto, não sabíamos o que iria acontecer. Sabíamos que se fizéssemos um bom planejamento, tínhamos condições de concluir a prova. Todavia, a grande dúvida era: o quanto isso iria nos custar?
            É justamente nessa hora que o nosso lado filosófico começa a funcionar. Como atletas desafiados pela 5ª Maratona de Brasília, tínhamos que ter estratégias para superar os desafios impostos pela quilometragem de respeito da prova, afinal de contas são 42 km, além de uma altimetria que, previamente, sabíamos que castigaria os atletas menos preparados.
            Diferentes estratégias influenciam no sucesso de um maratonista ao enfrentar uma prova. Normalmente, ele lida com uma questão primordial, isto é, saber escolher, dentro de um continuum, onde se encaixar entre dois pontos: a velocidade e, o outro, a resistência.
            A prova de Brasília não é uma prova propícia para estréias ou para obtenção de recordes pessoais. Veja, por exemplo, que o campeão na categoria masculino neste ano concluiu a mesma com o tempo de 2h27min, já no feminino, o tempo de conclusão foi de 3h14min.
            Está certo que não tínhamos um contingente de atletas de elite ou de quenianos participando dessa maratona, mas, sem dúvida alguma, um tempo muito alto quando comparado às outras maratonas mais importantes. Entretanto, mesmo não sendo uma prova ideal para se obter um recorde pessoal, essa prova pode ser considerada como um excelente teste de preparação, e que teste! 
            Sabíamos que a velocidade, via um ritmo mais forte, poderia nos “quebrar”. Por outro lado, trabalhar somente a resistência, sem se preocupar com o tempo, poderia prolongar o nosso sofrimento, isto é, concluir a prova com mais de quatro horas seria um grande castigo. Para superar esse dilema, tivemos que planejar e utilizar nossa inteligência para saber dosar qual o ritmo aplicar para não “quebrar”. Esse foi o nosso diferencial.
            Assim, tivemos que trabalhar fortemente o nosso lado psicológico para enfrentar os desafios impostos pela prova. Pela altimetria divulgada, sabíamos em quais momentos enfrentaríamos as longas subidas. Também sabíamos que enfrentaríamos uma chegada com 8 km em rampa e que ainda poderíamos enfrentar o vento-contra ao passarmos pelo Eixão e pela L-4, já às margens do Lago Paranoá.
            O clima, apesar de não ser o ideal, também ajudou. A antecipação da prova para o mês de maio ajudou bastante. Trata-se de um mês não tão seco como julho-outubro, além do que, é nesse mês que entramos no “inverno” nessa região do país. A largada às 7h da manhã, também ajudou a amenizar os efeitos desfavoráveis do clima.
            Todos esses fatores combinados concorreram favoravelmente para o nosso sucesso, mas, houve um fator que foi fundamental para concluir a prova: ter ao lado bons companheiros de corrida. Ao longo do percurso enfrentamos todos os tipos de dificuldades, especialmente quando estávamos ultrapassando a barreira dos 30 km. Entretanto, cada companheiro foi fundamental para oferecer suporte ao outro, na medida da necessidade. Enfrentamos juntos! Isso fez toda a diferença!
            Quanto ao percurso, vale registrar que tivemos alguns pontos insólitos. Por exemplo: a prova foi basicamente desenvolvida sobre as Avenidas L-4 e Eixão (Sul e Norte). Como já é do conhecimento de todos, o Eixão é fechado aos domingos, para que os moradores locais possam utilizá-la para lazer.
            Enquanto estávamos correndo sobre a L-4, todo o percurso estava demarcado por cones de segurança, nos separando do trânsito normal. Entretanto, quando fizemos a transição para o Eixão, inicialmente na Asa Sul e, posteriormente, até a Asa Norte, os maratonistas se misturaram aos demais cidadãos, que por lá, desenvolviam suas atividades de lazer, o que tornou essa longa fração do percurso muito monótono. Ao longo do Eixão não houve necessidade de demarcação por cones em função do mesmo já se encontrar completamente fechado para o trânsito de veículos automotores.
            Assim, misturamo-nos às famílias, às crianças e animais de estimação que por lá se encontravam naquele dia, além de várias outras tribos de esportistas (skatistas, ciclistas, patins, etc.). Não houve público nos saudando, como ocorre nas grandes provas. Muitos deles, com certeza, nem sabiam que estávamos participando de uma maratona.
            Às vezes éramos saudados por alguns transeuntes ou corredores de finais de semana, mas naquela altura, era difícil saber quem estava participando ou não da corrida. Se não fosse a nossa concentração e foco, além de um ou outro posto de hidratação que encontramos ao longo desse longo caminho, parecia que estávamos mesmo era realizando um longão.
            Foi justamente na Asa Norte, ainda sobre o Eixão, que tivemos que enfrentar “o muro dos 30 km”. Foi justamente no momento em que nos sentíamos mais isolados. Além do “muro”, bateu aquela solidão e aquela sensação de abandono. Em algumas provas das quais já participamos, como as Maratonas de Curitiba, Rio de Janeiro e Buenos Aires é comum a organização desses eventos inserirem no contexto alguma atividade de animação para os atletas, como por exemplo, uma banda de música. Fica por aqui nossa sugestão.
            Existe um ditado entre os maratonistas de que correr 42 km não é difícil. O difícil mesmo é percorrer aqueles 195 metros finais. Em Brasília isso é muito verdadeiro. Essa maratona vai além disso. Para o atleta conseguir passar pelo pórtico de chegada, ele ainda precisa ainda vencer 8 km de rampa (além de um forte vento contra). Todavia, rampa mesmo se encontrava nos 195 metros finais da prova. Quem conhece o percurso sabe o que estou dizendo. 


Foto 4. Disposição para fechar os 195 metros finais.

            Foi nesse momento da prova, isto é, os 8 quilômetros finais, que vimos muitos atletas pagarem o preço por adotarem a estratégia errada para a prova. Alguns pagaram mais caro. Foram aqueles que não utilizaram um bom equacionamento na relação de velocidade VS resistência.
            Ali, naquele local que muitos sucumbiram às câimbras e/ou tiveram que andar. Não que seja decepcionante andar em uma prova de longa duração, pois essa seria apenas mais uma escolha estratégica. Entretanto, nossa estratégia pareceu ser a mais acertada. Nesse ponto, alcançamos e até passamos por muitos dos atletas que haviam nos deixado para trás no início ou no meio da prova.
            Para a nossa felicidade, conseguimos concluir a maratona com um tempo muito menor do que o previsto. Fomos recepcionados como heróis ao passar pelo pórtico de chegada. A chegada do companheiro Rene foi anunciada pelo narrador que ainda aproveitou para saudar todos os corredores goianos.
            A nossa estratégia se mostrou acertada porque, além de termos obtido um bom tempo, também conseguimos chegar praticamente inteiros e sem lesões. Não estávamos “acabados”, como normalmente acontece com alguns corredores. Pudemos aproveitar aquele momento, isto é, logo após a chegada, para confraternizarmo-nos. 


Foto 5. Minha chegada.


            Foi uma confraternização mais do que merecida. Foi tudo muito tranqüilo e seguro. Após nos hidratarmos e retirarmos o kit pós prova, composto por medalha, boné, toalha e frutas, tivemos mais uma grande surpresa: um banquete de massas.
            Mais uma vez a organização soube surpreender seus clientes. Eles inovaram e ofereceram um farto buffet de massas, com dois tipos de molho diferentes e um delicioso muffin para os atletas que conseguiram concluir a prova.
            Foi tudo muito bem organizado. Havia mesas e cadeiras suficientes para que todos, à medida que concluíssem a prova, pudessem se sentar e jogar um pouco de conversa fora. Eu já tinha visto jantar de massas, mas, um banquete desses, logo após uma prova de grande duração, foi de fato, algo inusitado. Parabéns à organização!

Foto 6. Buffet de massas - Surpreendendo novamente!

Foto 7. Buffet de massas - Surpreendendo novamente!

Foto 8. Buffet de massas - Surpreendendo novamente!

Foto 9. Buffet de massas - Surpreendendo novamente!

            Somente em 2012, até o presente momento, lembrando que ainda estamos no início do mês de maio, eu e o companheiro Ricardo, conseguimos percorrer juntos mais de 105 km pelas largas avenidas de Brasília. Foram três excepcionais meias e uma maratona inteira pela Capital Federal.
            Agora, ao lado do companheiro Renê, fechamos com a “chave de ouro” mais uma etapa de nossa preparação. Participar dessa edição da Maratona de Brasília, nos deu a oportunidade de revisitar os percursos de diferentes provas, pelas quais já transitamos como o da Meia Maratona Internacional da Caixa, a Meia das Pontes, a Maratona de Revezamento e, inclusive, a parte “menos rápida” do percurso da Asics Golden Four, considerada como uma das meias mais rápidas do Brasil.
            Para nós, participar dessa prova, repleta de grandes desafios, foi fundamental. Nossa estratégia, aliado ao suporte mútuo, permitiu que a concluíssemos com um tempo muito menor do que aquele que havíamos previsto e, de certa forma, nos forneceu maior confiança para que possamos participar da Maratona do Rio de Janeiro, no próximo mês de julho.
            Iniciei esse relato citando um provérbio Irlandês, o qual considero muito pertinente com o desafio proposto pela 5ª Maratona de Brasília. Aliás, esse provérbio possui todas as prerrogativas mais do que suficientes para se tornar uma saudação para os corredores de rua de qualquer distância.
            É com essa saudação que também finalizo esse relato:

         “Que a estrada e o vento estejam sempre ao seu favor!”

            Para terminar, curtam também esse vídeo, gravado em 1969, cuja letra tem tudo a ver com o “espírito” com o qual enfrentamos essa prova.



            Um forte abraço a todos!


4 comentários:

  1. Nilo parabéns pela excelente prova e por ter retratado tão bem o que foi essa corrida.
    Tbm sou de Goiânia e estive lá me preparando pra correr a Maratona de São Paulo.
    Abração a tds
    André Luiz alexandre

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    1. André, obrigado pelo feedback.
      Superar uma prova desafiadora como a 5a Maratona de Brasília nos deixa mais confiantes.
      É muito bom participarmos de desafios como esses e saber que mais corredores goianos estiveram por lá.
      Torço para que você faça uma excelente prova em São Paulo.
      Que a estrada e o vento estejam sempre ao seu favor!
      Um grande abraço!
      Nilo

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  2. Parabéns pelo relato desta que foi uma Prova/teste de alto nível. Enquanto estava lendo o seu relato consegui lembrar-me de cada detalhe que passamos juntos nesta maravilhosa corrida. Obrigado pelo convite e pela oportunidade de superarmos juntos mais este desafio da "Corrida". Que venham os próximos desafios. Abraços.

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    1. Rene, você tem razão: um desafio e tanto. Não haveria oportunidade melhor para testar os nossos limites: concentração, alimentação, ritmo de prova, superação psicológica para vencer a barreira dos 30 km, concluir a prova, além de testar nosso tempo de recuperação no pós prova.
      Revendo o relato, também consigo lembrar-me de cada detalhe de nossa jornada nesta corrida.
      Mais um desafio vencido. Que venham os próximos!
      E que as estradas e o vento estejam sempre a nosso favor!
      Um grande abraço!
      Nilo

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