domingo, 28 de julho de 2013

XX World Masters Athletics



XX World Masters Athletics


                Atenção senhores atletas masters!
                Participem do maior evento da categoria que, pela primeira vez, será realizado em uma cidade da América do Sul, neste caso, em Porto Alegre – RS – Brasil durante o período de 16 a 27 de Outubro de 2013!




                A WMA (World Masters Athletics) é a entidade mundial que rege o atletismo masters – pessoas com mais de 35 anos de idade- que inclui provas de pista e campo, cross country e provas de corrida de rua.
                A organização começou sob o nome de Associação Mundial de Atletas Veteranos, fundada 9 de agosto de 1977, em Gotemburgo , Suécia . Em 2001, o nome mudou oficialmente para World Masters Athletics e seu campeonato é agora chamado de World Masters Athletics Championships. A organização chancela eventos em todo o mundo, fornece as especificações para modificações na regra inspirados na idade (um suplemento com as regras do esporte por seu órgão mundial que rege, a International Amateur Athletics Federation ( IAAF ).
                Os campeonatos World Masters ao ar livre são realizados a cada dois anos desde 1975, e uma bienal World Masters Championships Indoor estreou em março de 2004 em Sindelfingen, na Alemanha . O último mundial foi em Sacramento, Califórnia, em 2011. O próximo mundial será em Porto Alegre, Brasil.
                Vejam a programação oficial:

15 de outubro – Cerimônia de abertura
16 de outubro – 1º dia de competições
20 de outubro – Sem competições – Reuniões Comitês e Regiões
21 de outubro – Fórum de Eleições WMA
22 de outubro – Festa de confraternização dos atletas
23 de outubro – Assembléia Geral da WMA
27 de outubro – Último dia de competições – encerramento.

                As inscrições, que poderão ser feitas online ou por email, irão até o dia 20 de agosto de 2013.
                Maiores informações podem ser obtidas no link:

Não percam essa grande oportunidade!
Um grande abraço!

10ª Volta do Lago de Brasília



Um é pouco, dois também, três é...


                Recentemente, participamos da 10ª Volta do Lago 2013, uma corrida de revezamento realizada no mês de junho em Brasília. Passada a euforia e o calor das emoções, amadurecemos os pensamentos para compartilhar com vocês como foi essa experiência. 


Imagem 1. Logo da prova.

                O revezamento já é uma modalidade comum no mercado de corridas. Trata-se de uma atividade repleta de desafios e benefícios para quem corre, ao fortalecer a integração entre os participantes, e também, para quem organiza, ao estimular a entrada de novos praticantes neste mercado.
              A modalidade é reconhecida por exercer sobre os atletas um forte e positivo efeito psicológico, que atua como “fatores exógenos”.  Por exemplo, o clima de festa e de confraternização, combinados com comprometimento, espírito de equipe, entre outros, podem produzir resultados melhores do que os obtidos individualmente.
             A “Maratona Pão de Açúcar de Revezamento”, é uma das pioneiras neste segmento. Nas distâncias de 21 e 42 km, o revezamento é um forte estímulo para que os iniciantes experimentem uma distância maior, além de ser uma porta de entrada convidativa para quem está apenas começando.
                Atualmente, a tendência está em apostar nas ultradistâncias, que possibilita cada atleta percorrer trechos diferentes de um longo percurso. Em desafios como esses, vale destacar que o revezamento pode não ser tão simples assim, pois dependendo da formatação da prova, pode ser necessário que o atleta apresente a resistência de um maratonista.
                Está é a tônica presente em dois eventos famosos do Brasil: a “Volta à Ilha” de Florianópolis e a “Nike 600 k”, que liga São Paulo ao Rio. São dois bons exemplos de ultramaratona disputada na forma de revezamento.
                Outras corridas com formatos parecidos também vêm caindo no gosto dos corredores de outros estados. No Centro-oeste, temos a “Volta do Lago” em Brasília, com percurso de 100 km e, agora, se fala também no “Desafio Goiânia – Brasília”, com percurso aproximado de 200 km.
                A “Volta do Lago” foi inspirada na “Volta à Ilha” e já está na 10ª edição. A prova possui características que permite reunir atletas de diferentes níveis, dos mais experientes até os novatos, uma vez que pode ser realizada individualmente (100 e 60 km) ou em equipes de 2, 4, 6 e 8 corredores, em diferentes categorias.
                Ao todo, são distribuídos 14 trechos entre 3 a 11 km, com altimetria variável e que mesclam percursos de asfalto e circuitos cross-country, ambos com subidas e descidas. Portanto, trata-se de uma prova que possui desafios para todos os gostos.

                Detalhes técnicos e maiores informações sobre essa prova podem ser obtidos nos links abaixo:



                        
                Em 2012 formamos um quarteto com atletas experientes, mas que ainda não haviam enfrentado essa prova. Por motivos de agenda pessoal, não pudemos repetir a experiência com o mesmo grupo. Assim, em 2013 voltamos a enfrentar o desafio com um novo quarteto masculino, formado pelos atletas Edimilson (o capitão), Donizette, Hugo e Nilo, o que vos relata. 


Imagem 2. Chegada dos atletas Donizette, Nilo, Hugo e Edimilson (da esquerda para a direita)

                Foi um novo aprendizado, em várias dimensões. Não é objetivo aqui pormenorizar tudo o que vimos ou aprendemos em cada um dos trechos percorridos, mas compartilharemos a seguir, o que consideramos ser mais importante. Vejam a seguir um vídeo com o resumo de como foi nossa participação.


Vídeo 1. 10a Volta do Lago de Brasilía


                Nosso primeiro desafio foi definir em qual modalidade inscrever: dupla, trio, quarteto, sexteto ou octeto? Sabemos que, quanto maior o número de integrantes, maiores são as chances de dificuldades. Optamos pelo quarteto. Definida a equipe e o líder, passamos a trabalhar a prova em si. Montar uma estratégia a partir da formação da equipe foi o nosso segundo desafio.
                Como o percurso não é igual para todos, foi necessário trabalhar os pontos fortes e fracos de cada atleta para alocá-los em cada trecho a ser percorrido. Também, tivemos que considerar outros fatores como a logística de carro, a alimentação, a hidratação, entre outros.  Da experiência anterior, sabíamos que poderia haver problemas em todos esses quesitos. Cada um deles precisaria ser bem administrado.
                Portanto, para nós, os desafios começam muito antes da largada. Mesmo estando com tudo planejado, em uma corrida de 100 km, com mais de 7 horas de duração, correr é apenas um detalhe, pois muita coisa pode acontecer, como de fato aconteceu.
                Por exemplo, no calor da prova, de nada adianta a equipe possuir um atleta mais rápido, se ele não estiver no seu melhor dia. Da mesma forma, de nada adianta ter a melhor equipe se não houver respeito, boa vontade e tolerância entre os atletas.
                Em 2013, apesar de estarmos com um bom planejamento em mãos, por fatores inesperados, como o fato de ter um atleta que se lesionou logo no início da prova, tivemos que rever toda a nossa estratégia de revezamento em função de intercorrências. Apesar disso, lutamos bravamente e cada um pode oferecer o melhor de si para superar os desafios.
                É preciso estar preparado para tudo ou, quase tudo! Os resultados alcançados por nossa equipe e os principais destaques de nossa participação podem verificados na tabela disponibilizada abaixo e também no vídeo que acompanha esta publicação.
                A seguir, encontra-se em destaque o que gostamos e o que não gostamos da prova.

O que gostamos?

                Uma das características positivas da prova é o verdadeiro clima de festa. Apesar de todos os atletas estarem buscando o seu melhor, para alcançarem uma boa colocação, eles não deixam de serem cordiais uns com os outros.
                Conforme destacado anteriormente, as dificuldades na prova aumentam na mesma proporção do número de participantes. Por isso o trocadilho no título dessa matéria: um é ruim, dois também, três é ...
                Quando a participação ocorre em duplas ou trios o regulamento oferece uma boa margem de flexibilidade para os atletas cumprirem os seus trechos, o que não ocorre quando se muda para uma modalidades como o quarteto, onde os atletas não podem correr dois trechos simultaneamente.  Há um revezamento forçado, o que não ocorre na modalidade trio.
                Em 2013, a organização trouxe como novidade a adoção de um GPS para os quartetos, o que consideramos um ponto positivo, pois se evitou “desvios” de atletas pelo caminho, apesar deles terem que gastar um tempo maior a cada transição realizada por causa do GPS. 


Imagem 3. Dificuldade de uso e transporte do GPS cedido pela organização.


                De qualquer forma foi positivo, pois se conseguiu apresentar o tempo das equipes trecho a trecho. Aqueles que não tinham GPS pessoal puderam, ao menos, saber qual foi sua real participação. Outra contribuição foi ter retirado da equipe a preocupação com a cronometragem.


 O que poderia ser melhorado?


                Iniciamos pela confecção, em baixa escala, de camisetas de tamanho médio. Os atletas de outros Estados, quando foram retirar os seus kits encontraram somente o tamanho “G”. No ano passado também houve problemas com a confecção de camisetas de baixa qualidade e fora do padrão. 


Imagem 4. Por falta de camisetas masculinas no tamanho médio (M), alguns atletas optaram pelas femininas.

                É necessário que a organização faça um trabalho de acompanhamento e conscientização de apoiadores ciclistas que acompanham os corredores, pois eles atrapalham muitos atletas, tanto na rodovia, ao impedirem e dificultarem a ultrapassagem sobre os mais lentos, quanto nos trechos cross-country, que possuem obstáculos naturais e improvisados para serem transpostos. Por exemplo, no Trecho 11, após o Pontão do Lago Sul, os atletas precisavam passar por debaixo da Ponte Costa e Silva, em uma escada improvisada, que permitia a passagem somente de uma pessoa. Ao chegarem lá, havia ciclistas descendo, carregando suas bikes e atrapalhando os corredores. Um dos integrantes de nossa equipe foi surpreendido e atrapalhado. Ele chegou a cair na beira do lago.



Imagem 5. Ciclistas: uma questão a parte.

Imagem 6. Ciclistas: uma questão a parte.

                Também é necessário que a organização seja mais severa com as equipes cujos veículos de apoio atrapalham a transição, tanto nos pontos de integração, quanto na área destinada a passagem dos atletas. Em alguns casos, eles quase atropelam os atletas, bem na frente dos staffs, que não fazem nada, a não ser ficarem olhando. Ocorreu conosco ao chegar ao “Piscinão” e, também, em outros PIs.


Imagem 7. Confusão e congestionamento nos PIs.

                Gostaríamos de sugerir que seja reavaliado o PI 14, o menor de todos os trechos, com 3,720 km. Este ponto, de difícil acesso, chegou a prejudicar algumas equipes. Veículos de apoio, especialmente de atletas de fora de Brasília, se perderam por lá, pois existe uma dificuldade natural do trânsito da cidade, o que dificultou chegar ao local estipulado. Talvez seja melhor que este ponto possa ser colocado após a L2 ou no inicio do Eixão.
                Hoje temos a certeza de termos enfrentado todos os desafios com bravura! Aprendemos que é por meio deles que nos fortalecemos. Nós amadurecemos enquanto equipe. Pudemos trocar o “eu” por “nós”, passamos a nos sentir mais corresponsáveis pelos resultados (bons ou ruins), esquecer as desculpas, as lesões e doar 100% de nosso esforço. Esse foi o nosso maior troféu!
                Abaixo plotamos uma tabela com o resumo de nossa participação, com o tempo total de prova (1), o tempo utilizado em cada trecho (2), a quilometragem de cada trecho e o ritmo de cada atleta (4).


Imagem 8. Tabela com os detalhes de nossa participação (Clique para ampliar)

                                                      * Tempo perdido por desencontros no último trecho +/- 15 minutos


                Em nossa concepção, de 1 a 5, a média de nota do evento foi 3. Para aqueles que buscam por maiores detalhes, apresentamos a seguir, uma tabela com os critérios gerais de avaliação da prova. Esperamos que em 2014 muitos dos pontos observados possam ser reavaliados e corrigidos.

                  Evento: 10ª Volta do Lago de Brasília



Avaliação da Corrida (1-péssimo 2-ruim 3-regular 4-bom 5-excelente)
QUESITOS
NOTA
OBSERVAÇÃO
1.Inscrição
3
Para melhorar, o site precisaria salvar os dados individuais um a um, pois se o grupo for de oito, enquanto não se digitar os dados dos oitos componentes não se confirma a inscrição. Se houver algum problema com a internet tem-se que começar tudo novamente.
2.Retirada do kit pré-prova
2
Precisa melhorar nos tamanhos das camisetas. Asde tamanho “M” nunca estão disponíveis para os de fora do DF.
3.Acesso
3
Se a pergunta é acesso ao local de largada/chegada está bom, mas se é aos PIs (Pontos de Integração) está precisando melhorar ainda mais a estrutura da prova. No PI 4 havia muitas pessoas atrapalhando e o local ainda era difícil de se estacionar. No PI 14 a  chegada do substituto tem de ser rápida, pois o trecho anterior é pequeno (pouco mais de três Km). Além disso, o PI é muito escondido e de difícil acesso aos carros.
4.Banheiros Químicos
2
Em todos os PI sem exceção deveriam ter banheiros.
5.Largada
2
Precisa melhorar. Não havia nenhum funil de largada e os corredores ficavam misturados com os não corredores.
6.Hidratação
3
Pode melhorar bastante, especialmente pelo valor pago na inscrição. Exemplo: oferecer também carbo-hidratos do meio da prova para o final, pois nestas etapas a maioria das equipes tem corredores muito desgastados pelo cansaço e fadiga. Só água não resolve.
7.Percurso
4
Bom, mas pode melhorar para fechar pelo menos os 100 km. No total foram apenas 99.590 metros.
8.Sinalização
3
Pode melhorar colocando pelo menos uma placa de indicação da distância do próximo PI. Os atletas que estão sem GPS ficam sem noção da distância que falta para a troca. Por isso não sabem se podem ou não fazer um SPRINT. Com esta medida certamente a prova ficaria mais rápida, pois todos dão sempre um pouquinho mais na reta final quando sabem a quantos metros está sua meta.
9.Segurança/Isolamento do Percurso
3
Pontos de integração com pedestres atrapalhando chegada e largada dos atletas, PI 4 e PI 6.
10. Staffs
3
Precisam ser mais rigorosos com o público e veículos que atrapalham os atletas.
11.Participação do público
3
A organização precisa em cada PI colocar um fiscal só para orientar o público a não atrapalhar.
12.Chegada/Dispersão
3
Conforme já avaliado tem muito a melhorar
13.Entrega do kit pós prova
3
O Kit pode ser melhorado com pequenos brindes, melhor hidratação e frutas (gastronomia).
14.Qualidade do kit pós prova
3
A qualidade é boa, mas precisa melhorar a quantidade de itens.
15.Camiseta
2
Não havia o tamanho médio (M) para os visitantes.
16.Medalha
5
Pode melhorar, falta criação, inovação.
17.Divulgação dos Resultados
4
Falta de agilidade na divulgação dos dados. Se todos usamos GPS porque não disponibilizar um mapa?
TOTAL
51
MÉDIA: 3
Obs.: Essa é uma avaliação individual e reflete somente a opinião de nossa equipe.



                 Esperamos que tenham gostado da leitura.

                 Um grande abraço a todos e boas corridas! 





Fontes de Apoio: