Vício do Bem?
Duas palavras antagônicas, dois extremos: vício e bem. Afinal, o mau e o bem poderiam se correlacionar? Segundo o Dicionário Aurélio, o
vício é um defeito grave que torna uma pessoa ou coisa inadequada para certos
fins ou funções. Seria uma inclinação para o mal. Uma conduta ou costume nocivo
ou condenável. Assim, fica a indagação: há um vício do bem?
Nada
mais apropriado para um artigo que pretende abordar a relação entre o tabagismo
e a atividade física, dois termos completamente antagônicos. Neste texto serão
apresentados dados sobre a indústria do tabaco, além de como a atividade física
pode contribuir para resgatar o tabagista, isto é, aquele que faz uso do
tabaco.
Imagem 1. A corrida como aliado no combate ao tabagismo. |
Já
se ouviu muito falar de que a corrida é um vício do bem. Isto porque grande
parte dos corredores fica tão acostumados aos benefícios e ao prazer que correr
proporciona que chegam a se viciar na corrida. Contudo, a prática desse esporte
é muito mais do que isso. Ele também pode ser muito eficaz como atividade de
resgate para alguém que está entregue ao vício pernicioso do tabaco.
Independente
da porta que se entrou para o mundo da corrida, com o passar do tempo, seus
adeptos tendem a se entregar à mesma, tal qual um vício e, passam a utilizar grande
parte de seu tempo se ocupando somente com aquilo que está relacionado ao
esporte. Elas passam a fazer parte de uma “tribo”.
Nesse
ponto, o praticante entra em um terreno perigoso, pois como se sabe, tudo em
excesso, como um vício, deixa de fazer bem, podendo prejudicar, seja na esfera social,
seja na prática da própria atividade esportiva, na forma de lesões ou overtraining. Como tudo na vida, um
pouco de cuidado e moderação não fazem mal a ninguém.
Conseqüências do Tabagismo
O
tabagismo é um vício de fato, com repercussões em todo o organismo. Atinge da
pele até os órgãos internos. O envelhecimento precoce, a diminuição do colágeno
e prejuízos na circulação periférica, são as principais conseqüências externas.
Do
ponto de vista cardiovascular, a prática do tabagismo pode levar ao infarto
agudo do miocárdio ou ao tromboembolismo pulmonar, além de desencadear ou
agravar a hipertensão arterial. Para os pulmões, é a principal causa da doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), além de aumentar o risco de se desenvolver
ou morrer por tuberculose. No sistema nervoso se cria uma intrincada rede de dependência
para com as substâncias utilizadas no preparo do cigarro, especialmente a
nicotina.
O
abandono do tabagismo constitui medida fundamental e prioritária na manutenção
da saúde e na prevenção primária e secundária da aterosclerose - uma doença
inflamatória crônica do endotélio (tecido que reveste as artérias) e uma das
principais causas de mortalidade cardiovascular (infarto e derrames). A
dislipidemia (concentração elevada de colesterol LDL-C no sangue), a
hipertensão e o tabagismo estão entre os principais fatores de risco para a
aterosclerose.
Entre
os métodos de suporte para quem deseja abandonar esse vício, os mais efetivos são:
a abordagem cognitivo-comportamental (motivação, estímulo e acompanhamento) e a
farmacoterapia (nicotínica e não-nicotínica). Não é objeto desse artigo abordar
o tratamento medicamentoso como alternativa ao abandono dessa prática.
O
tabagismo é mesmo um vício pernicioso. O fato é que o fumante não inala somente
nicotina. Se fosse assim, os adesivos transdérmicos contendo essa substância alcançariam
uma grande taxa de sucesso no resgate de fumantes, o que não acontece. Estima-se
que o fumante inale mais de 4000 substâncias
químicas ao fumar. Além da dependência química, o cigarro cria uma dependência
psicológica, que é a pior delas.
O
tabagismo ainda pode desencadear ou agravar o diabetes mellitus, além de ser uma
das causas do aumento da incidência de câncer de boca, faringe, pulmão, entre
outros. Os dados ainda atribuem ao uso do cigarro 45% das mortes por infarto do
miocárdio, 85% das mortes por DPOC (enfisema), 25% das mortes por doença
cérebro-vascular (derrames) e 30% das mortes por câncer. 90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em
fumantes. O cigarro mata cinco milhões de pessoas anualmente no mundo. No
Brasil são 200 mil mortes anuais. Se a atual tendência de consumo se mantiver,
em 2020, serão 10 milhões de mortes por ano e 70% delas acontecerão em países
em desenvolvimento.
A
indústria do tabaco joga diariamente milhares de dependentes químicos nas redes
públicas de saúde para tratamento médico. O Estado os acolhe e, tratar esses
pacientes sai muito caro. Nem todos os impostos arrecadados conseguem superar
os gastos necessários com o tratamento dos tabagistas.
As
leis de restrição ao fumo parecem não impactar na produção de tabaco no país. Com
base nesses dados seria de se perguntar por que não se proíbe de uma vez por
todas a fabricação e o comércio de fumos e derivados do tabaco no Brasil? Essa
é uma questão complexa e que envolve uma rede intricada de grupos empresariais
e políticos interessados na produção e comércio do fumo (grupos econômicos
poderosos, famílias...) e, principalmente, depende da boa vontade do Estado.
A Indústria do Fumo
A
produção de fumo sempre foi uma atividade importante no Brasil, especialmente
agora. A produção anual de todos os
tipos de folhas de fumo foi de aproximadamente 867 mil toneladas na safra
2010/11. A maior parte dela se dá nos estados do Sul - Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná - cerca de 96%. Os 4% restantes são produzidos nos estados da
Bahia e Alagoas, na região Nordeste. Estima-se que a produção de fumo seja a
fonte de renda de mais de 186 mil famílias nesses estados.
Atualmente o Brasil é o segundo maior país
produtor e o maior exportador de fumo do mundo, ficando atrás apenas da
China. É uma indústria que paga
muitos impostos, com 78,74% de carga tributária. Só em 2010, o desembolso com
tributos chegou a R$ 9,3 bilhões. Portanto, além dos elevados impostos
arrecadados na produção e comercialização interna dos derivados do tabaco, o
país também arrecada mais impostos na fase de exportação desse artigo.
Curiosamente,
embora o número de fumantes tenha caído no Brasil, passando de 16,2% da
população adulta em 2006 para 15,1% no ano passado, a indústria do fumo
continua crescendo. O consumo em queda não teve impacto no faturamento do
setor, que inclusive cresceu em 2010 frente a 2009: R$ 16,992 bilhões ante
16,944 bilhões, segundo estimativa da Associação dos Fumicultores do Brasil
(Afulra).
No
mundo, o consumo de tabaco permanece estável, com 20% da população mundial
(Homens 38% e mulheres 10%). Em termos absolutos, o número de fumantes gira em
torno 1,1 bilhão em nível mundial, destacando uma tendência específica ao
aumento do consumo entre os jovens, especialmente mulheres jovens da América
Latina, Europa e algumas partes da Ásia. Infelizmente, as vítimas dessa
indústria não são somente os fumantes, mas também todos aqueles que inalam a
fumaça produzida pelos usuários.
Com
relação às táticas de marketing, para aumentar o faturamento de um produto que
literalmente mata os seus consumidores, a indústria utiliza de vários
artifícios. Filtros, propostas de baixo teor de nicotina, associação do produto
a saúde (ela é mesmo ardilosa), desenhos animados, propaganda em eventos
esportivos para jovens, sempre aliando imagens de beleza, sucesso, liberdade,
poder, inteligência, juventude, frescor, desejos, superação, vitórias e outros bons
atributos.
Nos
países em que há leis de proteção a saúde pública, as companhias de cigarros se
especializaram em práticas de marketing de guerrilha, atuando em pontos de
venda com layouts sofisticados
voltados ao público jovem. A promoção e o marketing desses produtos junto aos
jovens são essenciais para que a indústria mantenha suas vendas.
E quem desejar parar de fumar?
Para
a maioria dos fumantes, parar de fumar exige uma enorme força de vontade e
determinação. O processo é lento, complexo e sujeito a várias recaídas, pois
além da dependência química, há também uma dependência psicológica.
Imagem 2. É proibido fumar |
Ainda
assim se exige muita força para enfrentar momentos de ansiedade e irritação e o
receio de ganhar peso ou evitar as recaídas. A família e a comunidade exercem
uma grande influência nesse processo de abandono à prática do tabagismo.
Sugere-se
que o tabagista siga alguns passos durante a tentativa de abandonar o cigarro,
como: uma profunda reflexão, pois a decisão tem de vir dele; um forte esquema
de hidratação; maior gasto de energia com caminhadas e outras atividades
físicas; mudança de rotina; evitar situações de risco, como bares e uso do álcool
e; cuidados com a fome exagerada.
O
arsenal colocado à disposição das pessoas que desejam abandonar o tabagismo é
enorme. Inclui várias técnicas, ajuda de um profissional médico e/ou
psicológico, além de avançados recursos farmacológicos. Segundo Hughes JR
(2000), o apoio comportamental, aliado ao tratamento farmacológico, pode
aumentar em até 6 vezes a chances de sucesso no abandono do tabagismo.
Programas
de apoio como o “Eu Quero Parar”, oferece dicas comportamentais para evitar
recaídas e situações de risco, além de incentivar o abandono desta prática
perniciosa. Para quem desejar, vale a pena se cadastrar no Programa: http://www.euqueroparar.com.br.
A Corrida como Aliado
Milhares de pessoas têm buscado
abandonar o cigarro em função dos incômodos e constrangimentos que as
restrições atuais impõem e, muitas conseguiram abandonar este vício fazendo uma
coisa muito simples: correndo.
A
atividade física é considerada um importante aliado contra o cigarro. Os dados
apontam que a prática de exercícios leva os fumantes a fumarem menos. Além do
que, os benefícios da corrida (físicos e sociais) como a sensação de bem estar
após a prática do esporte, o ambiente saudável, a vontade de se cuidar, etc., também
estimulam as pessoas a abandonarem o vício.
Imagem 3. O ambiente saudável da corrida estimula as pessoas a abandonarem o vício. |
Para a Revista Runner’s World
(outubro de 2009) é como se, no corpo humano, o cigarro e o exercício, por
serem completamente antagônicos, travassem uma queda de braço! E mais, se você
fuma e pratica a corrida, geralmente a atividade física “leva a melhor” neste
confronto. Nesta edição da RW, também se encontra relatos de várias pessoas que
conseguiram abandonar o vício, algumas com mais de 30 anos de fumante,
correndo.
Cronologicamente,
veja o que acontece com as pessoas, quando se abandona este vício, segundo a
Sociedade Brasileira de Cardiologia:
Em...
(tempo)
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EFEITOS
DO ABANDONO DO CIGARRO
|
20 minutos
|
A pressão sanguínea e pulsação voltam
ao normal;
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8 horas
|
O nível de oxigênio se normaliza;
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2 dias
|
O olfato já percebe melhor os cheiros e
o seu paladar degusta melhor os alimentos;
|
3 semanas
|
A respiração fica mais fácil e a
circulação melhora;
|
3 meses
|
A função pulmonar aumenta em 30%;
|
5 a 10 anos
|
O risco de sofrer infarto será igual ao
de uma pessoa que nunca fumou e o risco de câncer de pulmão é a metade do de
um fumante;
|
15 anos
|
O risco de infarto é igual ao de alguém
que nunca fumou.
|
A
corrida é um “santo remédio”. Como atividade física, é considerada a mais
completa de todas as atividades e, também, a que proporciona os maiores
benefícios. Não é por acaso que os médicos prescrevem a atividade física para a
manutenção da saúde e para o auxílio no tratamento de diversas doenças:
hipertensão, diabetes, dislipidemia, etc. No abandono do tabagismo também.
Atualmente,
graças à corrida, milhares de pessoas já conseguiram abandonar completamente o
vício do cigarro. Outras estão nesse caminho. Como adjuvante na cessação do
tabagismo a prática da corrida age por vários e diferentes caminhos. O
principal deles é a redução dos riscos. Veja as principais vias que isso acontece:
Fortalecimento do sistema respiratório: O tabaco é responsável pela
elevação da pressão sanguínea, pela diminuição da oxigenação nas células e por
inflamações nos alvéolos pulmonares — que estimulam a formação de muco e
secreções e limitam a capacidade respiratória. O exercício age de forma
contrária: ao abrir as vias aéreas e aumentar a ventilação do corpo, ele
estimula a oxigenação, diminui a pressão sanguínea e favorece a eliminação das
secreções.
Força de vontade: A corrida promove transformações físicas e
fisiológicas. Ela amplia o fôlego, a resistência muscular e aeróbica, o que
reforça significativamente a auto-estima.
Na crise de abstinência: A nicotina ativa a liberação da dopamina, neurotransmissor
responsável pela função de motivação e recompensa. A corrida libera substâncias
que preenchem os receptores de dopamina quando se corta o cigarro. Além disso,
a atividade física regular ameniza os efeitos da abstinência, pois estimula a
liberação de endorfinas no cérebro que têm a função de promover bem-estar e
relaxamento, o que distrai a mente.
Na luta contra a balança: O receio de engordar freqüentemente leva
os fumantes a adiarem a decisão de largar o cigarro. O ganho de peso está
associado à melhora do paladar e à ansiedade, o que motiva a uma ingestão maior
de alimentos calóricos (principalmente doces), a fim de estimular liberação de
serotonina, um neurotransmissor como a dopamina responsável por estimular a
sensação de bem-estar e prazer. Nesse caso, além do bem-estar e relaxamento, a
corrida colabora na redução e/ou manutenção do peso do praticante.
No treino: Os fumantes possuem um VO2 máximo menor, ou seja, uma
menor capacidade de aproveitamento do oxigênio como energia, com reflexo no
desempenho físico mais fraco, maior cansaço e falta de fôlego proporcionalmente
ao número de cigarros fumados. A corrida melhora significativamente esse
parâmetro de desempenho.
Mesmo
diante de tantos benefícios, é preciso ter muita paciência, pois os progressos
alcançados podem ser lentos, pois cada caso é um caso. O tempo de adaptação e
de transição da caminhada para a corrida depende de fatores como a idade e o
grau de envolvimento de cada indivíduo com o cigarro.
Independente
de qualquer coisa, além de uma avaliação clínica prévia com o seu médico, recomenda-se
realizar os testes necessários para que seja determinada a capacidade física
individual e a intensidade de treinamento que deverá ser preconizada para cada
pessoa.
Boas Corridas!
Fonte de Apoio:
Hughes JR. New treatments for smoking
cessation. C A Cancer J Clin 2000;50:143-151
Revista Runner’s World (outubro
de 2009)
Sociedade Brasileira de
Cardiologia
IV Diretriz Brasileira Sobre
Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose - Departamento de Aterosclerose da
Sociedade Brasileira de Cardiologia - Arquivos Brasileitos de Cardiologia -
Volume 88, Suplemento I, Abril 2007
Excelente texto que aborda um problema muito sério e mostram uma das melhores soluções para a superação e consequente melhora da qualidade de vida. Parabéns.
ResponderExcluirRene, obrigado pelo feedback.
ResponderExcluirSem dúvida alguma, apesar das restrições e proibições quanto ao uso do cigarro em lugares públicos, o tabagismo ainda é um problema muito sério no Brasil.
Felizmente, temos bons exemplos de praticantes do esporte, como a corrida, para nos inspirar e motivar a levar uma vida mais saudável. Nesse aspecto, a corrida tem se mostrado muito mais do que um simples esporte que melhora o condicionamento físico. Ela atua fortemente no componente psicológico do seu praticante.
Esse talvez, seja um dos caminhos pela qual milhares de pessoas já conseguiram abandonar completamente o vício do cigarro correndo.
Vamos continuar correndo e disseminando essa idéia!
Abraços!
Nilo
Corro de 22 a 48 minutos (desculpe-me os números quebrados: mania de velho) quatro a cinco vezes por semana. Por conta disso, consegui largar o cigarro. No entanto, neste meio tempo, descobri algo maravilhoso: os charutos. Após uma boa corrida, a primeira coisa que faço quando chego em casa é me hidratar e comer umas duas bananas (outra mania). Vou pro banho e depois, já sentado na minha cadeira de balanço, acendo o meu "puro". Creiam, amigos, é um dos grandes prazeres da vida. Nunca senti qualquer prejuízo aos meus treinos por causa dos charutos. Não estou defendendo o tabagismo, só acho que é um exagero demonizá-lo.
ResponderExcluirFico feliz que a corrida tenha lhe feito tão bem.
ExcluirA idéia em torno do texto é que, para a grande maioria das pessoas, o tabagismo faz mais mal do que bem, especialmente devido a química do cigarro.
Muitos corredores também já morreram correndo. Entretanto, apesar da corrida às vezes expor o nosso coração ao seu limite, tem nos feito mais bem do que mal.
Um dos pontos positivos na experiência adquirida com a idade é saber discernir onde se encontram os limites entre o bem e o mal.
Um grande abraço e boas corridas!
Nilo Resende
Amigo, você me surpreendeu positivamente ao não vir com algum sermão antitabagista chatíssimo. Disseste bem: "saber discernir os limites entre o bem e o mal". Quando comecei a correr, o primeiro "mal" que eu achei por bem combater foi minha compulsão por comer. Também cuidei de comer mais vegetais. Foi aí que eu descobri a banana, que virou objeto de culto. Também senti necessidade de levar uma vida mais regrada em termos de horários, principalmente no que tange à hora de ir dormir e de acordar. Fumo pouco. Uma cigarrilha após as refeições - e só. Os charutos eu deixo pro fim de semana, caso aconteça alguma ocasião especial. Um abraço do "companheiro de corrida".
ExcluirAbraços e boas corridas!
ResponderExcluirObrigado, amigo. Num de seus posts antigos, eu pus um comentário falando que eu estava procurando um filme sobre corrida que vi na década de 1980 e que muito me impressionou. Pois bem, eu o achei. Está aqui: http://www.imdb.com/title/tt0079366/. Fala de um presidiário condenado à prisão perpétua que recorre à corrida para aguentar a dura vida na prisão. É uma fita pra TV e difícil de ser achada. Sinceramente? Muito melhor que "Carruagens de Fogo". É a minha recomendação. Mais uma vez agradeço sua paciência.
ExcluirVer a cena final do filme ao som dos Stones foi demais! Uma grande indicação!
ExcluirAbraços!
Eu não esqueci do comentário não! O problema é que eu gostei tanto da temática do filme que estava també tentando encontrá-lo. Que bom que conseguiu. É uma raridade. Afinal de contas é da década de 70. Agradeço por disponibilizar o link. Parece que o filme trata sobre a corrida de "milha", muito comum nos EUA. Quero assistí-lo. Quando o fizer darei um feedback. Vou colocá-lo na minha listagem de filmes recomendados!
ResponderExcluirAbraços!