sábado, 11 de agosto de 2012

Dia dos Pais


Feliz Dia dos Pais
               
                Neste Domingo, comemoramos o Dia dos Pais. Para muitos, com certeza, será um dia muito alegre. Pode ser que, para outros, seja apenas mais um “dia de domingo”. Não sei como será para você, meu amigo. Para mim, será um dia muito importante, de boas lembranças e, de muita reflexão! Este é o primeiro ano que passo sem a presença de meu pai. Ele faleceu no último mês de novembro: o mês que enfrentei a corrida mais difícil de minha vida.
                Durante a sua passagem por essa vida, posso assegurar que ele foi um bom exemplo e um pai exemplar, daqueles que, sua correção verbal, doía mais que uma surra! Morando em cidades diferentes, ele não chegou a me ver correndo. Quando falávamos sobre o assunto, ele se lembrava de seus tempos de criança, quando corria lá na “roça”.
                Tenho lembranças muito especiais dele, em todas as etapas da vida. Uma delas está relacionada à prática do esporte. Ele foi o primeiro a estimular, a mim e meus dois irmãos, a jogar futebol. Lembro-me em diversas vezes de estarmos em um campo de futebol, em um clube de nossa cidade, jogando bola juntos. Éramos apenas crianças e, ele, um gigante, perto de nós.   
                 
                 É como escreveu Artur da Távola: 

“O pai, é o eu no outro. A perda dele é a retirada da rede protetora no momento do salto... é o começo do balanço da própria vida. Num segundo, entendemos tudo o que, durante a vida, nele nos parecia uma gruta de mistérios. Seus objetos ganham vida, suas comidas preferidas passam a ter mais gosto, suas frases adquirem o sentido que só o tempo e a repetição outorgam às coisas”.
              
                  Hoje eu sei que, mesmo se tivesse outra chance, eu não conseguiria dizer, ou mostrar à ele, tudo o que eu gostaria.
                Com todo esse aprendizado, hoje tento também repassar bons exemplos para os meus filhos, especialmente, tentando demonstrar na prática, os benefícios do esporte. Já tentei fazer muitas coisas nessa vida. Entretanto, foi praticando a corrida, esporte que adotei após os 40 anos, que descobri o tempo que perdi ao fazer outras coisas. 
                A corrida é uma modalidade na qual o atleta alcança não somente um bom condicionamento cardiovascular, mas por meio dela, é possível alcançar valores que transcendem os benefícios físicos. Muitos desses benefícios já estão descritos na literatura. Outros, nós internalizamos ao aprendermos nas “ruas”, na prática, seja correndo em grupo, com amigos, ou ainda de forma solitária. É um esporte completo, do ponto de vista físico, ou psicológico.
                A corrida tem muitos mistérios que podem muito bem beneficiar a relação entre pais & filhos. Uma delas foi descrita por Yllen Kerr, jornalista carioca e grande incentivador da corrida na década de 70. Certa vez ele disse:  
                 
                “A corrida é antes de tudo, uma atividade alegre, uma arte que reconcilia o homem com o tempo, que pelo seu ritmo musical, faz o homem maduro virar um jovem.” 

                É essa reconciliação conquistada por meio da corrida é que permite pais e filhos estarem juntos, independente da idade. Além do mais, que outro esporte permitiria alguém com 70 anos correr lado a lado com alguém de 18 anos? Esse é um dos mistérios e um grande aprendizado. E ainda poder ser reconhecido em uma competição dentro de sua faixa etária específica.         
                Como pais, temos a obrigação de pelo menos, tentar passar isso para nossos filhos. Caro corredor, se você tem um pai presente, curta bastante esse “Dia dos Pais”. Se não, permita-se refletir sobre esse tema. Mantenha-se firme na corrida e procure sempre estimular seus filhos a seguir o bom caminho.
 

Figura 1. Com meu filho durante o aquecimento


Figura 2. Meu filho, recebendo seu troféu em uma corrida local.

Figura 3. Correndo em uma prova infantil.

Figura 4. Alongando-se.

                Um grande abraço!

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