quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

7ª Corrida Cross Country de Brazlândia



7ª Corrida Cross Country de Brazlândia


             Foi uma grata surpresa ter conhecido e, participado da 7ª Corrida Cross Country de Brazlândia. A surpresa foi em função de ter encontrado uma corrida, quando, praticamente, quase todos os calendários de corridas já haviam sido finalizados. Como iria passar o feriado do Natal em Brasília, resolvi dar uma olhada no calendário local, e acabei descobrindo esta prova. 


Imagem 1. Após o final da prova.

                Há certas coisas que acontecem na vida de um corredor que são muito engraçadas. Esta foi mais uma delas. Na internet, foram disponibilizadas algumas informações: o dia - 22 e dezembro de 2012; o horário - 09:00 horas;  o valor da inscrição, R$13,00 (que poderia ser feita no local); o contato – procurar o Marcão; e o local: atrás do Posto Ipiranga em Brazlândia. Parece brincadeira, pois como nos comerciais, um Posto Ipiranga tem sido referência para diferentes atividades e necessidades.
               No dia e horário marcado, lá estávamos nós. Estacionamos o carro no Posto Ipiranga e, de longe, avistamos um pequeno grupo de corredores. Há uma identificação inata que permite que um corredor conheça outros corredores, somente de olhar. Ao me aproximar vi que eles estavam ali exatamente fazendo a inscrição. Aproveitei para me inscrever e ao, mesmo tempo, conhecer os novos companheiros. Ah, outro detalhe, o Marcão estava lá estava soltando  fogos de artifícios para comunicar e indicar o local da corrida.


Imagem 2: Ao lado do companheiro Marcão.

                Foi quando conheci o organizador dessa prova, que já se encontra em sua 7ª edição. Foi incrível perceber que eu estava prestes a experimentar o verdadeiro “Espírito da Corrida”. Fui encontrá-lo ali, naquela prova simples e com poucos competidores. Contudo, havia algo diferente ali. Algo difícil de encontrar, até mesmo nas grandes corridas de rua organizadas pelo país afora. Havia muita empolgação
                Foi tudo muito simples, mas muito bem organizado. Para esta prova, que teve um valor simbólico de inscrição, o Marcão conseguiu medalhas, números de peito, troféus (e que troféus), percurso bem demarcado, hidratação, etc. Faltou apenas o sistema de cronometragem, mas não tem problema não: foi no sistema antigo mesmo. Funcionou perfeitamente.
            O fato das inscrições terem sido feitas no próprio local, gerou um pequeno atraso na largada.  Nesse meio tempo, os atletas puderam fazer o aquecimento necessário. Infelizmente, apareceram poucos atletas, e havia condições suficientes para receber muito mais.
                Chegado o momento da largada, o também corredor “Marcão” reuniu todos em um círculo e nos contou um pouco da história dessa prova. Segundo seu relato, o objetivo principal é o de resgatar alguns dos valores esquecidos na organização das corridas, que vem se tornando cada vez uma atividade de marketing.
                O principal objetivo destacado e, que pudemos reconhecer ao final da prova, era o de que ninguém estava  ali por dinheiro.  Antes da largada, ele nos passou as instruções. Esclareceu que, oficialmente, a prova é de 7 km realizados em estrada de terra. Entretanto, naquele dia, correríamos apenas 6, 400 km, pois parte do percurso estava alagado, o que comprometia a segurança dos atletas.
             Sem dúvida alguma, foi um gesto muito honesto. Em outras provas “bem organizadas” normalmente, os corredores somente ficam sabendo que o percurso foi menor, depois de conferirem os dados de seus GPS, ou após atingirem um tempo de prova bem menor do que o tempo habitual.
                Antes da largada, marcada por novo estouro de um foguete de 12 tiros, os atletas, ainda em círculo, fizeram a oração do “Pai Nosso”.


Imagem 3: Grupo de atletas se reunem para o "Pai Nosso".

                Esta foi a primeira vez que participei de uma corrida cross country. Uma prova muito diferente de uma corrida de rua convencional. Somente quando esfriei meu corpo é que pude perceber isso.  A estrada de “chão batido” exige bastante da musculatura que normalmente não é exigida em uma corrida sobre o asfalto.
                Uma coisa que se aprende nesse tipo corrida cross country é que, tudo o que desce, sobe. Com relação ao percurso, largamos em uma leve descida, que se estendeu por cerca de 1,5 km. Depois, houve mais 1,5 km planos. Para finalizar a subida e, dá-lhe subida. O mais interessante de uma corrida destas está na possibilidade que o atleta possui de ouvir o seu próprio corpo. Não há barulho algum, a não ser, o canto dos pássaros, o vento que sopra ou a batida dos passos no chão. No entanto, a percepção de esforço, nesse cenário, é bem diferente.
                O percurso foi muito bem demarcado. Nos pontos críticos, havia uma fita zebrada, ou o próprio Marcão que seguia a frente com uma motocicleta orientava. De qualquer forma, correr tendo como pano de fundo um cenário natural é muito gratificante.
                Conhecer e participar dessa prova fora uma grata surpresa. Parabéns ao Marcão e a todos os participantes.
                Fica aqui o nosso convite para quem ainda não teve a oportunidade de conhecer essa prova, que a conheça! Não tenham dúvidas, valerá a pena. Ano que vem tem mais!


Imagem 4. Grupo de atletas reunidos após a prova.

                Um grande abraço e boas corridas!

2 comentários:

Deixe aqui o seu comentário.