sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Circuito Beija Flor 2011 - Etapa Verde


Circuito Beija Flor 2011 – Etapa Verde

 

A Corrida da Integração


                O Circuito Beija Flor – Etapa verde fechou o calendário de corridas de rua de Goiânia de 2011, e foi marcado por duas características bem distintas: a quebra de paradigmas e a integração.
                A quebra de paradigmas está relacionada a uma mudança no formato convencional de nossas corridas de rua, o que grande parte dos atletas goianienses não estavam acostumados, fazendo com que muitos atletas não efetivassem a sua inscrição. A integração foi a melhor estratégia para superar o desafio proposto pela Eduarda Arantes, responsável pela realização da prova.
                A promoção do Circuito Beija Flor, faz parte de um projeto da AGEM para conscientizar a população sobre a Esclerose Múltipla (EM), e enfatizar os benefícios de um tratamento precoce, pois quanto mais cedo diagnosticá-la, menores serão as seqüelas e maior será a qualidade de vida dos portadores dessa patologia.
                Portanto, trata-se de uma atividade em prol de uma importante causa. Concomitantemente, durante a inscrição, os atletas foram convidados a doar pacotes de gelatina para serem distribuídos aos pacientes portadores de HIV, o que aumentou ainda mais a responsabilidade social do evento.
                Dos nossos companheiros de corrida, conseguimos formar 03 equipes com os atletas dispostos a participar da prova. Na formação das equipes, procurou-se explorar ao máximo as potencialidades de cada um, para a corrida (10 e 5 km) e para pedalar (15 km). Duas destas equipes ficaram bem competitivas. 

Foto 1. Nosso grupo durante o Circuito Beija Flor 2011

                Uma das exigências da organização era formar equipes com 03 integrantes, sendo obrigatória a presença de, no mínimo, uma mulher, para a seguinte divisão: 10 km de corrida, 15 km de bike e outros 5 km de corrida. Além disso, foi aberta a possibilidade da participação de atletas nas modalidades de dupla (duo) ou individual (solo). O nosso companheiro Waldyr, por exemplo, optou por fazer os 10 km individual (1ª 00:27:45:42 / 2ª 00:31:32:29). Já nosso companheiro da Volta da Pampulha 2010, João Honório Duarte Jr, em uma excelente fase, optou por fazer o duathlon (1ª 00:22:11:95 / 2ª 00:23:52:994 / 3ª 00:12:35:916 / 4ª 00:13:12:71 / 5ª 00:13:47:970 / 6ª 00:25:52:993).
                O formato da prova também exigiu muita integração entre os organizadores, que tiveram que se preocupar cm a demarcação e a segurança do percurso, área da transição para que os atletas pudessem passar o chip de cronometragem, etc. Cada equipe foi categorizada pelo somatório das idades de seus integrantes, o que gerou cinco faixas de competição. 

Foto 2. Atletas e ciclistas utilizaram o mesmo tapete (todo cuidado foi pouco para evitar atropelamentos)

Foto 3. Área de transição com a saída do colega Célio

Foto 4. Área de transição. A Paula parte para fazer as suas 3 voltas no circuito.

                Infelizmente, muitos atletas não se inscreveram. Pode ter sido em função das características de revezamento da prova, mas, talvez, um dos motivos, tenha sido também a dificuldade de formar equipes.
                Apesar do ciclismo e da corrida fazerem parte do triátlon, a convivência entre ciclistas e corredores nem sempre foi muito harmoniosa e, nesse sentido, a organização ao tentar unir as duas modalidades, tentou amenizar esse paradigma.
                Conceitualmente, o trabalho em equipe, demanda valores, atitudes, sentimentos e habilidades que envolvem indivíduos trabalhando em regime de colaboração caracterizada por comunicações regulares, abertas e honestas, um espírito de confiança e responsabilidade compartilhada pelos resultados.
                Um trabalho em equipe, além de estar relacionado à habilidade em lidar com situações de estresse, pode também explicar os diferentes níveis de desempenho nos trabalhos de diferentes grupos que trabalham em condições similares.
                A noção é que um grupo compartilha crenças e confiança em sua capacidade conjunta para organizar e executar os cursos de ação, o que envolve uma dinâmica social interativa, coordenativa e sinérgica.
                Participar dessa prova foi uma experiência muito gratificante. A prova agradou a todos em termos de horário de largada, um percurso bem demarcado e seguro, apoio de vários staffs e postos de hidratação bem distribuídos.
                Abaixo segue a composição, o tempo e a classificação das três equipes que conseguimos formar para a prova:

EQUIPE 1
FAIXA
MODALIDADE
VOLTAS
Nilo Resende
106-120
Corrida 10 km
1ª 00:19:47:80
2ª 00:21:13:933
Paula
Bike 15 km
3ª 00:13:23:38
4ª 00:13:24:954
5ª 00:13:37:999
Antônia
Corrida 5 km
6ª 00:23:19:04

Foto 5. Antônia, eu e a Paula (Esq.p/dir)

EQUIPE 2
FAIXA
MODALIDADE
VOLTAS
Ricardo A. Tibúrcio
120-00
Corrida 10 km
1ª 00:21:59:39
 2ª 00:23:12:59
Célio
Bike 15 km
3ª 00:11:22:966
4ª 00:11:02:16
 5ª 00:11:17:989
Alessandra
Corrida 5 km
6ª 00:33:20:940

Foto 6. Alessandra, Célio e o Ricardo (Esq.p/dir)

EQUIPE 3
FAIXA
MODALIDADE
VOLTAS
Rosane Araújo
120-00
Corrida 10 km
1ª 00:29:16:32
2ª 00:30:51:990
Maristane
Bike 15 km
3ª 00:18:00:46
4ª 00:19:41:24
5ª 00:19:08:00
Judite
Corrida 5 km
6ª 00:28:42:976

Foto 7. Maristane, Rosane e Judite (Esq.p/dir)

                Pode parecer fácil, mas, formar uma boa equipe não é uma tarefa simples, especialmente no competitivo ambiente das corridas, uma vez que se exige bastante que os integrantes não sejam egoístas e cooperem entre si, além de estarem imbuídos do mais elevado grau de “espírito esportivo”, o que nem sempre é possível.
                O trabalho em equipe cria as condições ideais para a manifestação da sinergia, o que faz com que o resultado obtido pelo grupo seja maior do que a simples soma das partes.
                Durante a prova, presenciei isso em minha equipe, com a qual estava mais concentrado e, em certo grau, nas outras também. Foi muito interessante ver o envolvimento de cada integrante com o outro, o que criou um forte comprometimento para que cada um desse o melhor de si, independente do resultado, superando as suas próprias limitações pessoais em prol do grupo.

Foto 8. Trabalho em equipe

                Conforme tabelas acima, a nossa equipe ficou em primeiro lugar na faixa de competição cujo somatório das idades foi de 106 a 120 anos. A equipe formada pelo Ricardo, Célio e Alessandra, alcançou o segundo lugar em sua faixa.

Foto 9. 1o lugar no Pódio


Foto 10. Pódio da Faixa 106-120

Foto 11. Esse quadradinho ficou pequeno
Foto 12. Pódio da Equipe Ricardo, Célio e Alessandra.

                Parabéns especial à equipe formada pela Rosane, Maristane e Judite, que lutaram bravamente até o final e não desistiram, num claro exemplo de que o mais importante foi participar. Este é o verdadeiro “espírito esportivo”.  Neste grupo registrou-se também o verdadeiro espírito de equipe que, apesar das limitações (problemas com as marchas da bike), colaboraram entre si positivamente. 

Foto 13. Equipe Maristane, Rosane e Judite.

                Senti-me mais do que honrado por terem permitido que eu pudesse acompanhar a colega Judite nos 5 km finais da prova, quando o sol já estava alto e não havia mais nenhum competidor no percurso. Ela foi uma guerreira!

Foto 14. Eu e a Judite

Foto 15. Finalizando os 5 km ao lado da Judite

                Apesar do estresse e nervosismo inerente à característica da prova, o que levou corredores de algumas equipes até errarem o percurso, sem dúvida alguma, este domingo foi um dia de grande aprendizado para todos nós.
                Um forte abraço a todos!



Fonte

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui o seu comentário.